Ossada de mulher é encontrada em parede 10 anos após assassinato em Vila Velha
Foi encontrada junto a ossada, uma identidade e um cartão de banco em nome da vítima. O cartão tinha vencimento em junho de 2006 e um remédio com validade até setembro de 2005
A Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM) de Vitória prendeu, na última quarta-feira (12), em diligência na Bahia, o autor de um homicídio cuja vítima Adriana da Silva Breda estava desaparecida desde 2005.
A Polícia Civil chegou até a ossada da mulher por meio de denúncia. Em julho de 2014, a DHPM foi acionada por uma pessoa que havia comprado uma casa e, ao quebrar uma parede, achou um esqueleto sob um monte de entulho. Acionada a perícia, foi confirmado que tratava-se de um esqueleto do sexo feminino.
Foi encontrada junto à ossada, uma identidade e um cartão de banco em nome da vítima. O cartão tinha vencimento em junho de 2006 e um remédio com vencimento em setembro de 2015.
A DHPM então iniciou as investigações para confirmar a identidade da vítima, iniciando uma consulta à Delegacia de Pessoas Desaparecidas, verificando os livros dos anos de 2004, 2005 e 2006. No livro de 2005, foi encontrado um registro do desaparecimento de uma mulher, no mês abril, com o mesmo nome.
"De posse do registro, telefonei para os números que constavam no registro de desaparecimento, mas todos já não existiam mais. Consegui então por meio de pesquisas localizar um parente da vítima em Minas Gerais, que me forneceu o telefone de uma sobrinha da Adriana. Em contato com essa pessoa, solicitei que viesse a delegacia, e de imediato reconheceu um aparelho dentário e um radio relógio que estava junto ao esqueleto, como sendo de sua tia", contou o delegado titular da DHPM, Adroaldo Lopes .
Ainda segundo o delegado, em depoimento, a sobrinha de Adriana disse que sua tia era casada, mas mantinha um relacionamento com outra pessoa, definida com um homem branco, conhecido como "Alemão". As características repassadas por ela, se assemelhavam às mesmas descritas pelo comprador da casa, que encontrou a ossada, referindo-se ao então proprietário que lhe vendeu o imóvel Egmar Ferreira de Souza.
Os policiais civis da DHPM localizaram então o motorista do caminhão que fez a mudança do então proprietário da casa, o "Alemão" , que disseram que teria se mudado para o Bairro Paraguai na entrada de Porto Seguro, na Bahia.
Outros parentes e vizinhos da vítima foram ouvidos, e alguns afirmaram que Egmar mantinha um relacionamento com uma mulher que fazia faxina, porém nunca mais a tinham visto. Fotos da época de Adriana foram mostradas e ela foi reconhecida.
Cumpridas as diligências e encontrada a autor do crime, foi cumprido o mandado de prisão ontem contra Egmar, tendo ele confessado a autoria. Sendo segundo ele cometido por meio de uma "gravata" na vitima e posteriormente três pancadas na cabeça com uma marreta.
