Polícia

Mistério permanece 15 dias após modelo capixaba cair do 21° andar de prédio no Rio

Segundo Sulamita Casagrande, Rodolfo Rocha ligou para o celular dela na terça-feira. No entanto, ela preferiu não atender e ainda pediu para que ele não procurasse mais a família da namorada

Lucilene Miranda caiu do 21º andar do prédio em que morava, no Rio de Janeiro Foto: Reprodução

O namorado da modelo capixaba Lucilene Miranda, de 33 anos, que morreu no último dia 21, após cair do 21° andar do prédio onde morava, no Rio de Janeiro, só entrou em contato com a família da jovem nesta semana, dez dias após a morte dela. O músico e fotógrafo Rodolfo Rocha, conhecido como Rude, dividia o apartamento com Lucilene, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense. Há 15 dias do acidente, a polícia ainda não tem novidades sobre as investigações. 

Segundo a irmã da modelo, Sulamita Casagrande, Rodolfo ligou para o celular dela na terça-feira. No entanto, ela preferiu não atender e ainda mandou uma mensagem pedindo para que ele parasse de procurar a família da namorada. "Ele morava com a minha irmã e sabia da morte dela desde o início, mas só procurou a família dez dias depois. Agora é tarde", disse Sulamita. 

Ela disse que a família não conhecia Rodolfo antes de acontecer a tragédia. "Não o conhecia, não sei da origem da família. Só sei que são de Blumenau (SC). Poucos dias antes de morrer, minha irmã esteve em Vitória e ficou hospedada em minha casa. Só vi esse rapaz na hora em que ela estava conversando com ele, via internet, e mais nada", contou.

A irmã da modelo diz não saber o que fez com que Lucilene caísse do 21º andar do prédio, mas acredita que o namorado dela tenha alguma influência no caso. "Eu acho que ele é responsável direta ou indiretamente pelo que aconteceu. Porque a gente sabe que ele a agredia e a deixou oprimida. Mas vamos deixar para a polícia dizer o que aconteceu". 

Sulamita reitera, no entanto, que não acredita que a irmã tenha cometido suicídio, pelo seu jeito de ser. "Pela filosofia de vida dela, que era evangélica e sabia que o suicídio é contra a palavra de Deus, não acrecito que ela tenha feito isso. Minha irmã era alegre, brincalhona e queria viver", ressaltou.

Investigação

Três dias antes de morrer, Lucilene registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, acusando Rodolfo de agressão. A briga teria começado no início do Carnaval e se estendido até a quarta-feira de Cinzas, motivada pelo convite de dois amigos, usuários de drogas, que foram levados para dentro da casa, pelo namorado.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro continua investigando o caso e não está divulgando detalhes da investigação, para não atrapalhar os trabalhos. De acordo com a assessoria de comunicação da PC, a linha de investigação que está sendo usada, até o momento, é a de suicídio.

O titular da 16ª DP do Rio (Barra da Tijuca), delegado Mario Luiz Silva, responsável pelas investigações, já analisou as imagens de videomonitoramento do prédio e ouviu todas as testemunhas. A polícia ainda aguarda o resultado dos exames periciais.

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