Polícia

Polícia já tem nome de suspeitos de sequestrarem e matarem policial militar no sul do Estado

Secretário André Garcia disse que a polícia ainda está identificando os suspeitos e ainda não pode divulgar mais detalhes. Ninguém foi detido até o momento

Eduardo Júnior foi sequestrado e assassinado, na madrugada desta quarta, no sul do Estado Foto: Reprodução

A polícia já tem o nome de alguns suspeitos de participarem do assassinato do soldado Eduardo Silva Júnior, sequestrado e morto na madrugada desta quarta-feira (11), em Itapemirim, no sul do Estado. No entanto, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, disse que a polícia ainda está em processo de identificação desses suspeitos e ainda não pode divulgar mais detalhes para não atrapalhar as investigações. Ninguém foi detido até o momento.

De acordo com o secretário, todas as hipóteses estão sendo trabalhadas pela Polícia Civil. As motivações mais prováveis são de latrocínio - roubo com morte - e crime passional, já que há suspeita de que o policial teria se relacionado com a ex-namorada de um suposto traficante de Itapemirim

"Estão sendo levantadas várias hipóteses e estamos tratando o caso com muito cuidado. As polícias Civil e Militar estão trabalhando de forma integrada para solucionar rapidamente essa situação. Até porque nós estamos falando da vida de um jovem de 21 anos, recém-incorporado à polícia, e que pode ter morrido em função da condição dele de policial", destacou o secretário. 

Segundo André Garcia, até mesmo a possibilidade de o taxista que teria sido rendido pelos criminosos, antes do sequestro do policial, ter participação no crime não está completamente descartada. 

"Ele está sendo ouvido pela polícia. A gente não vai descartar nada, inclusive a possibilidade de envolvimento dele. Precisamos investigar se há ou não contradição nos testemunho dele e se o que ele apontou de fato aconteceu da forma como ele contou às autoridades policiais", frisou o secretário.

André Garcia defendeu ainda mudanças no Código Penal Brasileiro, para que o assassinato de agentes públicos de estado seja combatido com mais rigor. 

"Temos que qualificar outras modalidades de homicídio. Uma delas é a morte de agentes de estado. Policiais, agentes penitenciários, promoteres de justiça, juízes, em função de sua atividade, correm um risco maior à sua integridade física e, consequentemente, à sua vida. Por isso vou à Brasília, no próximo dia 18, participar de uma sessão da Câmara dos Deputados e defender essas alterações", destacou.

O crime

O veículo do policial foi incendiado e abandonado pelos bandidos em Vargem Alta Foto: Reprodução

De acordo com ocorrência registrada no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), três homens pediram um táxi na praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro de Itapemirim, com destino ao bairro União, no mesmo município. O táxi parou em um posto de gasolina abandonado, onde entraram outros dois rapazes.

Em seguida, os cinco suspeitos anunciaram o assalto e disseram ao taxista que o bando queria roubar outro veículo, em Marataízes, no litoral sul. Eles ainda teriam especificado que queriam roubar um Civic ou Corolla. 

Ao avistarem o veículo, os indivíduos abordaram o motorista, que seria o policial, e o teriam levado como refém. O carro foi encontrado queimado, no início da manhã desta quarta-feira, em Vargem Alta, também no sul do Estado. Já o corpo do rapaz foi encontrado, também pela manhã, na localidade de Brejo Grande do Sul, em Itapemirim.

A Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES) informou que está oferecendo uma recompensa de R$ 5 mil para quem fornecer informações que leve a prisão dos suspeitos. Informações sobre os criminosos podem ser repassadas pelo disque-denúncia, no número 181. Não é preciso se identificar.

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