Polícia

Cinco testemunhas são ouvidas para esclarecer morte da mulher de espanhol em Vitória

Delegado responsável pelo caso disse ainda que está com a gravação de uma ligação feita por Jesús Figón após o crime e espera receber o aparelho de GPS do diplomata

Jesús Figón prestou depoimento ao delegado Adroaldo Lopes na última quinta-feira Foto: TV Vitória

Cinco pessoas prestaram depoimento, nesta terça-feira (19), para o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Adroaldo Lopes, responsável pela investigação do assassinato da cabeleireira Rosemary Justino Lopes, de 50 anos. O marido dela, o comissário do governo espanhol, Jesús Figón, de 64 anos, confessou ter cometido o crime, na última terça-feira (12), em Jardim Camburi, Vitória.

O delegado ouviu uma policial aposentada para quem Figón ligou pedindo ajuda logo após cometer o crime; um delegado aposentado que também ajudou o espanhol depois do assassinato; o porteiro de uma boate em Vitória onde o casal foi visto na noite do crime; o síndico do prédio onde o casal morava em Jardim Camburi e onde o homicídio ocorreu; e o tesoureiro de um grupo de alcoólicos anônimos que Rosemary teria frequentado.

Nesta quarta-feira (20), Adroaldo Lopes deve ouvir ainda uma médica com quem a cabeleireira se consultava e que receitava remédios para a mulher. O delegado disse ainda que deverá receber o aparelho de GPS do comissário espanhol, que poderá auxiliar a polícia a saber por onde ele passou antes do crime. O titular da DHPM disse que já tem em mãos a gravação da ligação feita por Figón à policial contando o que havia acontecido.

A comanda da boate onde o casal esteve na noite do crime e as imagens de videomonitoramento do prédio onde aconteceu o crime também devem auxiliar a polícia nas investigações.

Testemunhas disseram ter visto Rosemary e Figón na boate, localizada na Avenida Leitão da Silva, por volta das 4 horas. O espanhol disse que o assassinato aconteceu por volta das 6 horas. Mas peritos da Polícia Civil acreditam que o crime pode ter ocorrido por volta das 23 horas do dia anterior.

Jesús Figón disse, em depoimento à polícia, na última quinta-feira (14), que matou a esposa com uma faca para se defender. Segundo ele, a vítima sofria de depressão, era alcoólatra e estava muito agressiva. Ela foi morta com três golpes na altura do tórax e o corpo dela foi encontrado no apartamento do casal.

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