Polícia

“Ela me fez várias ameaças”, diz acusado de matar mulher encontrada pela TV Vitória

Os policiais conseguiram imagens do suspeito em um guichê de uma empresa de ônibus. Ele comprou uma passagem para Campos, no Rio de Janeiro, onde foi preso

Ele afirmou que foi ameaçado pela vítima Foto: TV Vitória

Depois de identificar a mulher que foi encontrada morta na Praia dos Recifes, em Vila Velha, após uma denúncia feita à equipe da TV Vitória/Rede Record, o suspeito do crime foi preso. De acordo com o delegado Adroaldo Lopes, responsável pela investigação, a família da vítima foi até a delegacia e a polícia conseguiu chegar até o homem através do serviço de inteligência.

Os policiais conseguiram imagens do suspeito em um guichê de uma empresa de ônibus. Ele comprou uma passagem para Campos, no Rio de Janeiro, onde acabou preso.

“Segundo o acusado, ele a conheceu no ônibus há quatro meses antes do crime, os dois estreitaram esse relacionamento e passaram a ter um relacionamento amoroso, embora ele fosse comprometido e ela também”, contou o delegado.

Benedito Souza Maciel, acusado do crime, disse para a polícia que sofreu ameaças da mulher, identificada como Elizete Catelani de Souza Rodrigues. “Aconteceu uma coisa que não deveria acontecer. Ela me fez várias ameaças. Disse que se eu não ficasse com ela eu não ficaria com mais ninguém. Ela marcou um encontro comigo e eu falei que não queria mais participar disso, e que não iria me separar da minha esposa. Ela disse que queria continuar com os encontros. Se eu não fosse mais, ela contaria uma história para o marido e ameaçou dizendo que o cunhado era perigoso”, afirmou.

De acordo com o delegado, Benedito matou Elizete sem usar armas. “Ela, em determinado momento, disse que ele não poderia voltar mais atrás, pois estaria grávida. Como ele disse que não iriaa separar da mulher, ela teria dado um tapa na cara dele. Ele imediatamente deu um soco nela e apertou o pescoço da mulher até que ela desfalecesse e caísse morta”, informou.

Depois de preso, o homem afirmou que fugiu do local, pois estava com medo do que poderia acontecer com ele. “Eu fugi com medo de tudo. Eu criei trauma de celular, criei trauma de tudo. Eu não sou um vagabundo, mas agora estou passando a ser tudo na boca do povo. Mas para Deus eu sou um cidadão, um cidadão de bem”, disse.

O delegado Adroaldo Lopes informou ainda que o acusado já teria assassinado outra pessoa. “Ele tem um crime de homicídio  em 2011, em que relata ter matado o padrasto. Segundo ele, o homem teria tentado contra a vida da mãe dele. Em luta corporal, ele tomou a arma da mão do padrasto e teria efetuado os disparos. Mas isso é um relato dele”.

O suspeito afirmou que só cometeu o crime para salvar a vida da mãe. “Praticamente ele se matou, pois ele ia tirar a vida da minha mãe. E pela minha mãe eu faço qualquer coisa. Ela é a base de tudo”.

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