Polícia

Ex-marido e inquilino de dona de salão de beleza assassinada não são reconhecidos por testemunha

De acordo com delegado responsável pelo caso, os dois comprovaram que trabalhavam na hora do crime e não apareceram nas imagens de segurança analisadas pela polícia

Policiais estiveram no local do crime na manhã desta terça Foto: TV Vitória

A Polícia Civil voltou à estaca zero na investigação do assassinato de Maria Lucas Moura, de 45 anos, dona de um salão de beleza no bairro Jucutuquara, em Vitória, ocorrido na manhã desta terça-feira (26). Dois suspeitos foram ouvidos pela polícia, na tarde desta terça, mas foram liberados.

Foram ouvidos o ex-marido e o inquilino de um imóvel da vítima. Este último havia sido apontado por testemunhas como o principal suspeito de cometer o crime. Ele estaria com dificuldade para pagar os alugueis e seria apaixonado por Maria. Por conta disso, ele estaria ameaçando a família há três meses.

No entanto, de acordo com a polícia, os dois suspeitos provaram que, no momento do crime, estavam trabalhando. Além disso, segundo o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegado Adroaldo Lopes, imagens de videomonitoramento mostraram uma outra pessoa no local do crime.

"Confrontamos o que os policiais militares apresentaram com o que foi colhido com testemunhas e com uma gravação de vídeo. Verificamos que essas pessoas não eram as pessoas acusadas. Então a polícia começa [a investigação] praticamento do zero. Os policiais da DHPM já estão na rua colhendo novas testemunhas e imagens de videomonitoramento, a fim de que a gente venha a descobrir quem foi o autor desse crime", destacou Adroaldo.

Maria Lucas Moura foi assassinada a tiros na manhã desta terça-feira, em Jucutuquara Foto: TV Vitória

Além disso, uma testemunha do crime, que também foi ouvida nesta tarde na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não reconheceu nenhum dos dois suspeitos como o autor dos disparos. Segundo o delegado, deverão ser analisadas novas imagens do circuito internos de outros estabelecimentos da região. O titular da DHPM ressaltou ainda que nenhuma hipótese foi descartada.

O crime

Maria Lucas Moura foi assassinada a tiros dentro do salão de beleza da qual era dona, na Avenida Paulino Müller, principal via de Jucutuquara. De acordo com testemunhas, após cometer o crime o assassino saiu do estabelecimento tranquilamente e fechou a porta. A vítima era proprietária do salão há cinco anos.

"Minha mãe abria o salão e ficava sozinha. Ela era corajosa. Já ameaçaram ela várias vezes, mas ela sempre se defendeu. Eu falava para ela ter cuidado e arrumar alguém para ficar junto”, contou o filho da vítima, o pedreiro Roquenede Lucas Moura.

Um capoteiro que trabalha na rua do salão conta que presenciou o crime. "Esse homem entrou na loja e efetuou os disparos no pescoço dela. O barulho não foi muito alto. Eu acho que foram uns quatro tiros. A minha reação no momento foi ficar todo trêmulo. Eu tinha acabado de cumprimentá-la", contou.

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