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Polícia investiga tentativa de suicídio ou crime como causa da explosão de prédio

Redação Folha Vitória

Rio de Janeiro - Tentativa de suicídio e ação criminosa são consideradas pela Polícia Civil como hipóteses do vazamento de gás que há dois dias causou explosão no Edifício Canoas, em São Conrado, na zona sul do Rio, deixando um morador gravemente ferido. Hoje, peritos estiveram mais uma vez no local para exames complementares.

A polícia analisa imagens de câmeras de segurança para verificar se, na noite anterior à explosão, o alemão Markus Bernard Maria Muller, de 51 anos, recebera visita no apartamento 1.001, onde mora. Com 50% do corpo queimado, ele apresenta lacerações espalhadas pelo corpo. Para a polícia, os ferimentos podem ter sido causados por agressão ou eventual tentativa de suicídio.

Um porteiro que estava no edifício não relatou nada de anormal, segundo policiais civis. Funcionários e moradores do prédio estão sendo ouvidos. Todos descreveram Muller como pessoa reservada. A dona do apartamento onde ele mora também já prestou depoimento.

Muller foi transferido na terça-feira, 19, do Hospital Miguel Couto (zona sul) para o Centro de Tratamento para Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz (zona oeste). O estado de saúde dele ainda é muito grave e não há previsão de quando terá condições de prestar depoimento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

A Prefeitura do Rio encerrou hoje a remoção de cerca de 70 toneladas de escombros do Edifício Canoas e, com isso, o engenheiro Antero Jorge Parahyba assumiu as obras de restauro. Para ele, o edifício só deve ter condições plenas de habitação em cerca de três meses. "A reocupação será gradativa. Vamos planejar os primeiros procedimentos de restauro, todas as instalações terão que ser verificadas e reestabelecidas." Parahyba disse que, além do restauro de elevadores e instalações elétricas, hidráulicas e de gás, será preciso escorar as lajes do edifício.

O secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Teixeira, afirmou que será estabelecido "canal direto" para que as licenças necessárias à obra saíam com rapidez e "gerem o menor transtorno possível".

 

Após a explosão, filmagens de celular mostram uma pessoa em chamas no apartamento 1.001. Para a polícia, era o alemão, que tem 50% do corpo queimado. No Hospital Miguel Couto, o laudo de atendimento diz que ele tinha perfurações no peito, pescoço, braços e nádegas, o que leva os investigadores a suspeitar que tenha sido atacado antes da explosão com um objeto perfurante.

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