Polícia

Empresário é preso acusado de vender internet clandestina na Grande Vitória

Jeozadaque Cabral é dono de uma empresa de informática acusada de manter duas centrais ilegais de distribuição do serviço. Uma operadora teve prejuízo de R$ 50 mil

Diversos equipamentos eletrônicos foram apreendidos pela polícia na Serra e em Vitória Foto: TV Vitória

A Polícia Civil descobriu duas centrais ilegais de distribuição de serviço de internet. Segundo as investigações, a rede clandestina era mantida por uma empresa de informática e pode ter causado o prejuízo de mais de R$ 50 mil a pelo menos uma das operadoras. Uma pessoa foi presa.

Além disso, provedores, roteadores e diversos equipamentos para a distribuição de sinal de internet foram apreendidos pela Delegacia de Defraudações (Defa), nas centrais clandestinas de distribuição, localizadas na Praia do Canto, em Vitória, e em Jardim Limoeiro, na Serra. Segundo a polícia, elas eram mantidas há dois anos pela empresa de informática de Jeozadaque Cabral de Oliveira, de 32 anos.

"Essa empresa tem registro normal na Junta Comercial, mas não é registrado na Anatel para esse tipo de atividade", destacou o delegado Márcio Lucas Malheiros, responsável pelas investigações. 

De acordo com as investigações, o serviço rendia um faturamento de cerca de R$ 4 mil por mês. Ele era oferecido em panfletos de propaganda, que anunciavam internet com velocidade de até cinco mega e downloads ilimitados por apenas R$ 49,90. No entanto, segundo a polícia, era tudo ilegal.

"Ele contratava serviços legais de internet, como uma pessoa normal faz, e contratava a capacidade máxima. Mas fazia isso não só em seu nome, mas também no de terceiros e com diversas operadoras. Ele conseguia compilar isso através de um provedor e, assim, passava a distribuir e revender", disse Márcio Lucas.

Jeozadaque, que usava o nome falso de Nuno Alameda, foi detido em flagrante. Ele pagou fiança de R$ 2,5 mil e vai responder em liberdade pelo crime de desenvolvimento de atividade clandestina de telecomunicação. Se condenado, o acusado pode pegar de dois a quatro anos de prisão, assim como todos que podem estar associados ao crime

A investigação identificou 45 apartamentos, na Praia do Canto e em Jardim Limoeiro, utilizando o serviço ilegal de internet. Mas, para a polícia, esse número de clientes pode ser ainda maior. As investigações continuam para descobrir o alcance total da rede de distribuição ilegal e ainda identificar o nome das pessoas que contratavam os serviços das operadoras para serem redistribuidos clandestinamente.

"Uma primeria linha de raciocínio é de que esses clientes não sabiam que essa empresa não era registrada devidamente com essa finalidade. Só que possivelmente eles serão arrolados como testemunhas para prestar esclarecimentos", disse o delegado.

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