Polícia

Quadrilha que tentou assaltar carro-forte em Sooretama pode ser a mesma que agiu em São Paulo

A informação é do delegado Fabrício Lucindo, que disse haver semelhanças nas duas ações. Na sexta-feira, um grupo atacou um carro-forte e um comboio de presos no interior paulista

Carro-forte foi atacado por bandidos fortemente armados na BR 101 Norte, altura da Reserva de Sooretama Foto: Leitor | WhatsApp Folha Vitória

A quadrilha que tentou assaltar um carro-forte na BR 101, em Sooretama, no norte do Estado, na noite da última segunda-feira (10), pode ser a mesma que atacou outro carro-forte, no interior de São Paulo, na sexta-feira (07). A informação é do titular da Delegacia de Sooretama, delegado Fabrício Lucindo, que investiga a tentativa de roubo.

De acordo com o delegado, as características dos dois crimes são muito parecidas. No roubo ocorrido no interior paulista, os bandidos mataram um dos seguranças, feriram outros dois e fugiram com malotes de dinheiro. Pouco depois, eles ainda interceptaram um comboio de presos da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo, e libertaram 37 dos 41 presos que eram transportados no veículo. 

Tanto no assalto ocorrido em São Paulo quanto na tentativa de roubo em Sooretama, os criminosos estavam fortemente armados com bombas, fuzis e outras armas de grosso calibre. Em ambos os crimes também foi utilizado um veículo Land Rover preto, que havia sido blindado e tinha dois grandes buracos no vidro traseiro, a fim de permitir que os criminosos pudessem disparar com os fuzis.

O veículo possivelmente usado nos dois crimes foi encontrado pela polícia na tarde de terça-feira (11). Eles estava abandonado no meio de uma plantação de eucalipto, em uma área entre a Reserva de Sooretama e Jaguaré.

Veículo encontrado tinha dois buracos no vidro traseiro, para que os bandidos pudessem atirar com os fuzis Foto: Leitor | WhatsApp Folha Vitória

Os policiais encontraram no veículo uma placa de metal, no vidro traseiro, onde foram feitos dois buracos para que os bandidos pudessem efetuar os disparos contra o carro-forte. Também foram encontradas cápsulas de munição de grosso calibre, utilizadas pelos criminosos.

De acordo com a polícia, uma das linhas de investigação que está sendo considerada é que essa quadrilha não seja do Espírito Santo. Até o momento nenhum assaltante foi preso. 

Na terça-feira, a polícia também ouviu alguns dos vigilantes que estavam no carro-forte atacado em Sooretama. Uma nova perícia também foi feita no veículo.

Segundo Fabrício Lucindo, as investigações continuam, mas a polícia não divulgará detalhes, por enquanto, para não atrapalhar o trabalho investigativo. O caso, a partir desta quinta-feira (13), também será investigado pela Delegacia de Roubo a Banco, que fica em Vitória.

Quem tiver qualquer informação que possa ajudar a polícia a prender os assaltantes, deve entrar em contato com o Disque-Denúncia, por meio do telefone 181. Não é preciso se identificar.

O crime

Caso está sendo investigado pelo titular da Delegacia de Sooretama, delegado Fabrício Lucindo Foto: Site de Linhares

A tentativa de assalto em Sooretama aconteceu no inicio da noite de segunda-feira. Para tentar render os vigilantes que estavam à bordo do carro-forte interceptado, os assaltantes usaram metralhadoras, fuzis e até dinamites. 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que deu início à ocorrência, houve troca de tiros e explosões durante a ação criminosa. No entanto, uma das bombas lançadas contra o carro-forte não foi detonada. Ainda segundo a PRF, foi necessário acionar o Batalhão de Missões Especiais (BME) para retirar o explosivo do local. 

Segundo Gilberto Sales, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores (Sindifortes), o carro-forte estava voltando para a base quando foi abordado pelos assaltantes. Dentro do veículo estavam quatro funcionários, que conseguiram se esconder dentro da Reserva de Sooretama. 

Não houve feridos graves durante a ocorrência. Segundo Fabrício Lucindo, no cofre do carro-forte havia R$ 400 mil, mas os bandidos não conseguiram abrir o cofre e roubar o dinheiro.

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