Polícia

Suspeito de estuprar irmãos tem ataque de fúria e agride jornalistas em delegacia de Vitória

O acusado ameaçava as vítimas por meio de mensagens no celular, caso fosse denunciado. Dentro da DPCA ele teve um ataque de fúria e bateu nos repórteres

O suspeito foi apresentado pelos policiais da DPCA Foto: TV Vitória

Um homem, suspeito de estuprar dois irmãos foi preso dentro de casa, na manhã desta sexta-feira (28), na Serra. Segundo a polícia, ele conheceu os adolescentes, um de 15 e outro de 17 anos, por meio das redes sociais e usava mensagens no celular para ameaçá-los, caso fosse denunciado.

“Essas ameaças diziam respeito sobre a própria vida dos adolescentes e a vida da família. Era matar ou morrer. Ou ele mantinha a relação sexual ou toda a família deles estaria em risco”, explicou o delegado Lorenzo Pazolini.

A polícia apurou que os abusos ocorreram entre janeiro e maio deste ano. Em junho, a mãe dos adolescentes teria percebido uma mudança de comportamento no filho mais novo. “A mãe notou nesse adolescente de 15 anos uma alteração comportamental, ele estava muito introvertido, se tornou uma pessoa fechada e retraída. A partir daí ela manteve o diálogo com ele descobriu as ameaças no celular dele. Foi então que chegamos ao autor. Os abusos foram comprovados por meio de laudo”, informou.

De acordo com o delegado, o suspeito tem passagens pela Justiça por porte ilegal de arma e receptação. “Ele foi preso preventivamente, vai aguardar o julgamento em liberdade e provavelmente vai ser condenado pelas três condutas. Além da receptação, o porte de arma e os estupros”, afirmou Pazolini.

A camisa do jornalista foi rasgada pelo suspeito Foto: TV Vitória

Depois de prestar depoimento, o suspeito teve um ataque de fúria na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Vitória. Revoltado com a presença da imprensa, mesmo com as pernas algemadas, ele partiu para cima dos repórteres, cinegrafistas e fotógrafos. Até os policiais da DPCA tiveram dificuldade para conter a ira do mecânico de locomotiva. 

Um cinegrafista foi mordido e teve a cabeça ferida pelo suspeito. Já o repórter foi um dos mais atingidos pelos golpes do suposto estuprador. “Eu vi o momento em que ele partiu para cima do meu cinegrafista. Ele ficou preso na parede e eu tentei de alguma forma impedir. Ele batia, dava socos e chutes. A minha reação foi tentar ajudar, mas ele grudou na minha camisa”, contou o jornalista Geilson Ferreira.

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