Polícia

Universitário acusa PM de confundi-lo com bandido em Vila Velha

O caso aconteceu na frente de uma universidade do município. O estudante contou que levou um susto e ficou com medo quando a policial à paisana pegou a arma

O universitário contou que levou um susto e ficou com medo Foto: TV Vitória

Um estudante de gastronomia foi até a delegacia de polícia de Santa Inês, em Vila Velha, para registrar boletim de ocorrência contra uma policial militar que o teria confundido com um bandido. O caso aconteceu na frente de uma universidade do município.

“Eu fiquei com muito medo, pois uma pessoa desconhecida, sem nenhuma identificação, e com uma arma apontada para mim, é de colocar medo em qualquer pessoa”, afirmou Elioenai Lafaiete.

O universitário contou que levou um susto e ficou com medo quando a policial à paisana pegou a arma. Além da preocupação do que poderia acontecer, o rapaz disse que pior foi o constrangimento. “Foi uma humilhação, um preconceito. A pessoa vê alguém andando, se sente ameaçada, saca uma pistola e faz alguém andar até a porta da faculdade. Ela achava que eu não estudava”, disse o estudante. 

Segundo relatos da vítima e de algumas testemunhas, o estudante atravessou uma avenida junto com a PM que não estava fardada. Foi na entrada da universidade que um jovem da mesma turma de Elioenai presenciou toda a situação. 

“Eu tinha acabado de fazer prova quando desci e perguntei se ele estava bem. Aí ele disse que não estava bem, pois o estavam enquadrando. Depois a moça disse que ele a havia seguido na rua, que ele era tarado. Eu perguntei se ela era aluna e ela disse que sim, então eu disse que ele também era”, explicou o universitário Marco Aurélio.

A policial militar preferiu não falar o nome, por questões de segurança, mas confirmou a abordagem e deu sua versão no caso. “Para a minha segurança eu tirei a arma e fiz uma abordagem padrão de policial. Pedi para que ele colocasse as mãos na cabeça e virasse de costas para mim. Na verdade, o único erro que eu cometi foi não ter registrado a ocorrência na hora para deixar escrito em algum lugar que ele já tinha me seguido. Mas como eu estava bastante nervosa, eu não registrei na hora”, contou a PM.

A PM disse que agora estuda processar o universitário. “Ele juntou um grupo de pessoas que ficaram falando que eu havia feito abuso de poder, o que não aconteceu e me filmaram. Isso foi calúnia contra mim. Eu o abordei de forma discreta e ele que me expos dentro da faculdade”, declarou. 

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