Polícia

Coronel do ES comenta ampliação do direito ao registro e porte de arma

Com a aprovação do relatório, a idade mínima para o porte e registro de armas será reduzida de 25 para 21 anos, e a renovação do registro passa de 3 para 10 anos

O coronel Ronalt Willian também é comentarista da TV Vitória Foto: TV Vitória

Foi aprovado pela comissão especial da Câmara dos Deputados o texto-base do projeto que revoga o Estatuto de Desarmamento. O relatório cria em seu lugar o Estatuto de Controle de Armas de Fogo e assegura a todos os cidadãos, a partir de 21 anos, o direito de possuir e portar armas, para defesa própria e do patrimônio. 

De acordo com o relatório, deputados, senadores e pessoas que respondem inquérito policial ou processo criminal terão direito ao porte de arma. Com a aprovação, a idade mínima para o porte e registro de armas será reduzida de 25 para 21 anos e a renovação do registro passa de 3 para 10 anos.

Em entrevista ao jornal online Folha Vitória, o coronel aposentado e comentarista da TV Vitória, Ronalt Willian, afirmou que não concorda com a idade mínima de 21 anos para a compra e registro de arma. Para ele, a idade ideal seria 25 anos.

“O ideal seria manter a idade mínima em 25 anos e a renovação a cada cinco anos. Acredito que dez anos seja muito tempo e precisamos ter um controle maior dos registros. Quanto mais você colocar ações de fiscalização é melhor para que o Estado tenha controle”.

O coronel ressalta a diferença entre registro e porte de arma. O primeiro libera a posse da arma na residência, enquanto o porte permite que o cidadão ande armado. Mas, tanto para o porte quanto para o registro é preciso explicar os motivos à Polícia Federal.

“A aquisição de uma arma é respaldada por todos os trâmites burocráticos. Esses protocolos, principalmente o da Polícia Federal, são muito rígidos”, esclarece.

Para Ronalt Willian, é preciso fazer leis para combater a causa e não a consequência. O coronel comentou sobre os riscos do aumento da violência com o novo relatório. 

“O que pode acontecer é que na hora em que o bandido for roubar a residência, o cidadão de bem pode reagir na tentativa de defender a família e, no lugar dele, vai morrer o bandido. Faço minhas palavras a do deputado Bolsonaro: ‘Eu prefiro a cadeia cheio de culpado a um cemitério cheio de inocente’ ”.

Segundo o relatório, deputados e senadores poderão ter porte de arma. Sobre esta questão, o coronel mostra-se contrário, e defende a contratação de seguranças particulares.

“Sou muito favorável que os políticos tenham sempre segurança específica, como seguranças particulares. Mas sou contra ao porte de arma, pois eles podem não ter uma reação rápida durante uma possível ameaça. Nada impede dele ter o registro da arma, para mantê-la em casa. 

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