Polícia

Presos três suspeitos de envolvimento em explosão a agência do Banco do Brasil na Serra

Dois deles são do estado de São Paulo. Segundo a polícia, um dos paulistas confessou envolvimento direto na tentativa de assalto. Os outros dois teriam auxiliado no abrigo aos criminosos

Trio foi detido na região da Grande Jacaraípe, na Serra Foto: TV Vitória

Mais três suspeitos de participarem da explosão da agência do Banco do Brasil em Jacaraípe, na Serra, na madrugada desta quinta-feira (05), foram presos durante a tarde. Dois deles são do estado de São Paulo. Segundo a polícia, um dos paulistas confessou envolvimento direto na tentativa de assalto. Os outros dois teriam auxiliado no abrigo aos criminosos.

Os suspeitos foram detidos por policiais militares do Grupo de Apoio Operacional (GAO) do 6º Batalhão da Polícia Militar. A prisão aconteceu no bairro São Patrício, na região da Grande Jacaraípe, na Serra. Eles foram levados para a Delegacia Regional do município, onde foram ouvidos. Em seguida, foram encaminhados para a Delegacia Patrimonial, que investiga o caso.

Na manhã da última quarta-feira (04), quatro suspeitos de outros assalto a banco foram detidos, sendo três homens e uma mulher. Eles foram presos durante uma operação de policiais da Delegacia de Roubo a Banco, com apoio da Delegacia Patrimonial. Michel Alves da Silva Leal, Luis Henrique Santos, Ismael Roberto Souza Mendes e Simone Arcanja da Silva foram encontrados em Nova Almeida, na Serra.

Suspeitos de roubarem agência da Caixa Econômica Federal foram presos na manhã de quarta-feira Foto: TV Vitória

De acordo com a polícia, o grupo é acusado de participar de uma tentativa de assalto à Caixa Econômica Federal de Jacaraípe, no dia 10 de outubro, e em outros crimes. Com os suspeitos foram apreendidos estopim de dinamite e coletes da Policia Rodoviária Federal (PRF). Alguns dos suspeitos admitiram participação no crime.

"A gente acabou se envolvendo nesse crime que acabou acontecendo em outubro. Eu estava na rua e era responsável por monitorar [os comparsas]", confessou Michel Alves.

Já Simone, que teria abrigado os criminosos, não quis se explicar. "Não tenho nada a declarar. Deixa para a polícia investigar. Só isso que eu tenho a dizer", limitou-se a falar.

No dia em que a Caixa Econômica foi invadida, o Batalhão de Missões Especiais (BME) foi acionado, pois uma bomba caseira foi encontrada dentro da agência. Segundo a polícia, o explosivo estava ativo e só não foi detonado por causa de uma falha. 

"Eles não negaram que estavam envolvidos em crimes de ataque a caixa eletrônico por meio de explosivos. Eles vieram de São Paulo, tendo sido abrigados na casa de Siomone. Alguns falam de um mês, outros de quatro meses para cá. A princípio, a quadrilha atua em São Paulo e na Grande Vitoria", ressaltou o delegado Aéliston Azevedo, da Delegacia de Roubo a Banco.

A agência atacada pelos criminosos fica próximo ao banco onde ocorreu a explosão na madrugada desta quinta-feira. Após "errarem a mão" na quantidade de explosivos, o local ficou completamente destruído. De acordo com a polícia, cerca de um quilo de explosivo foi utilizado para arrombar os caixas eletrônicos. 

O secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, esteve no local onde houve a explosão nesta quinta-feira. "É uma ação que preocupa a todos nós e por isso estamos aqui. É muito comum no nordeste, em Minas Gerais e São Paulo, e não queremos que isso aconteça no Estado com a intensidade dos outros locais. O importante é que a ação da polícia foi muito rápida e nós já temos quatro indivíduos presos", destacou.

O crime

Agência do Banco do Brasil em Jacaraípe foi alvo de bandidos na madrugada desta quinta-feira Foto: Leitor | WhatsApp Folha Vitória

A tentativa de assalto aconteceu na avenida Abdo Saad, uma das mais movimentadas da região, que chegou a ser interditada. De acordo com moradores do bairro, dois homens encapuzados teriam estacionado um carro prata próximo à agência, por volta das 3 horas, e acionado os explosivos. 

Segundo a polícia, os criminosos não conseguiram levar qualquer valor da agência bancária, possivelmente pela grande quantidade de explosivos utilizada. Policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME) chegaram ao local por volta das 6 horas para recolher artefatos não detonados, que ainda estavam dentro do banco.

Segundo os militares, os suspeitos ainda esquecem um revólver no local do crime. Além de todo o estrago causado dentro da agência, os policiais encontraram marcas de sangue por toda a parte, o que faz com que a polícia acredite que alguém acabou se ferindo. A explosão foi tão forte que a estrutura do prédio onde a agência está localizada também foi afetada.

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