Polícia

Policial militar se envolve em confusão, atira dentro de boate e provoca pânico entre clientes

O segurança da casa noturna ajudou a deter o Policial Militar. Ele afirma que o militar se envolveu numa discussão antes de atirar. Os estilhaços acertaram pelo menos seis pessoas

O policial militar foi levado, em seguida, para a Delegacia Regional de Vitória Foto: Everton Nunes

Uma confusão em uma casa noturna, localizada na região do Triângulo, Praia do Canto, em Vitória, assustou frequentadores na madrugada desta quinta-feira (24). A confusão aconteceu no final da festa, por volta das quatro horas da manhã. Testemunhas contaram que o policial militar, identificado como Patrick Ramos, disparou duas vezes contra o chão do local. Os estilhaços das balas acertaram pelo menos seis pessoas. 

De acordo com representantes da casa noturna, três pessoas que ficaram feridas e precisaram receber atendimento médico em um hospital da região. Uma mulher de 26 anos, que prefere não ser identificada, foi atingida na perna. Segundo ela, o policial atirou e logo depois todos os frequentadores correram assustados. “Escutei os tiros e vi meu amigo sangrando muito”, conta.

O segurança da casa noturna ajudou a deter o Policial Militar. Ele afirma que o militar  se envolveu numa discussão antes de atirar. “Ele esfregou o distintivo no rosto de uma pessoa. Atirou e tentou fugir, mas foi detido por policiais que estavam do lado de fora da casa. Várias pessoas ficaram revoltadas e tentaram bater nele, mas nós o levamos para dentro da casa”, diz. 

Na manhã desta quinta-feira , todos os envolvidos no caso prestaram depoimento na Divisão de Homicídios. O policial militar foi levado, em seguida, para a Delegacia Regional de Vitória. Patrick não quis falar com a imprensa. 

Por nota, a PM informou que o delegado plantonista da 1° Delegacia Regional de Vitoria entendeu que houve uma confusão na fila da boate, com discussões e agressões. Neste momento, o policial efetuou dois disparos de arma de fogo para o chão, fato que fez com que o piso quebrasse e o estilhaço acertasse outras pessoas. As vítimas não estiveram na delegacia para representar, sendo assim, não cabe atuação por lesão corporal.

Patrick foi autuado por disparo de arma de fogo, que é um crime que cabe fiança. A ocorrência ainda está em andamento e não sabemos se o policial pagou, ou não, a fiança.

A corregedoria da PM vai solicitar a documentação da Policia Civil e, caso seja confirmado que ele utilizou a arma de fogo de forma desnecessária e abusiva, vai responder um processo administrativo demissionário.

Pontos moeda