Porteiro bate na esposa e coloca fogo na casa onde morava com a família em Vila Velha

Uma balconista foi agredida e teve a casa incendiada pelo próprio marido, um porteiro desempregado, no bairro Vila Garrido, em Vila Velha. O fogo se alastrou por todo o imóvel e destruiu um cômodo que era utilizado como quarto pela família. Além disso, roupas da mulher e dos quatro filhos do casal foram queimadas, eletrodomésticos destruídos e um pedaço do telhado da residência chegou a ceder.

O caso aconteceu no último sábado (28). Depois que o fogo foi controlado pelos bombeiros, a balconista registrou um boletim de ocorrência, com a ajuda da Guarda Municipal. Quase quatro dias depois do incêndio, nesta terça-feira (1º), a vítima voltou à casa, onde ela morava de aluguel. 

Segundo ela, o relacionamento com o agressor durou oito anos, entre idas e vindas, e que as brigas do casal eram constantes. No entanto, afirma que não imaginava que o casamento terminasse dessa maneira. Segundo a balconista, os filhos ficaram desesperados quando viram a casa pegar fogo. "Quando eu vi a fumaça, achei que ele tivesse colocado fogo nas minhas roupas, nunca em um patrimônio que não era nem nosso", lamentou.

A vítima conseguiu uma medida protetiva contra o ex-marido. No entanto, embora o documento exija que o agressor fique longe da vítima, a equipe da TV Vitória/Record encontrou o suspeito próximo à casa onde ele morava com a família. Ao ser questionado sobre o motivo de tamanha violência, o acusado colocou a culpa na bebida e nas drogas e disse não se lembrar de nada do que aconteceu no dia. "Usei drogas, estava muito bêbado mesmo. Estou desempregado e a tempo de me matar, de me enforcar", disse.

A residência em que o casal morava era alugada e pertence à família da dona de casa Olga Valéria, que diz estar desesperada com a destruição do imóvel. Segundo ela, o aluguel ajudava na renda de sua família e agora a mulher não sabe como recomeçar. "Na hora em que fiquei sabendo do incêndio, comecei a tremer. Essa casa era da época da minha mãe, que já é falecida, e eu que tomava conta", lamentou. 

O outro proprietário do imóvel, Leandro da Silva, conta que saiu correndo quando viu o fogo e que entrou na casa para tirar o botijão de gás que, segundo ele, estava vazando e poderia explodir a qualquer momento.

A Delegacia da Mulher de Vila Velha instaurou inquérito policial para realizar as providências necessárias. O acusado não foi autuado por não estar em situação de flagrante.