Polícia

Policial militar e estagiário são presos acusados de furtarem mais de 20 armas do Fórum de Vila Velha

Segundo a polícia, o estagiário foi quem teve acesso ao armamento, ao observar a movimentação do local e descobrir onde ele era guardado. Um amigo do rapaz também foi detido

Armas foram furtadas do cofre do Fórum de Vila Velha Foto: Reprodução

Três pessoas foram presas acusadas de participarem do furto de 26 armas dentro de um cofre no Fórum de Vila Velha. Entre os suspeitos está um policial militar, identificado como Rayner Ribeiro, de 20 anos. Os outros dois detidos foram Pedro Cordeiro, de 19 anos, que era estagiário do fórum, e um amigo dele, Amerique Júnior, de 22 anos.

Os três suspeito confessaram o crime. O inquérito que investigou o furto das armas da 7ª Vara Criminal de Vila Velha foi concluído pela Polícia Civil nesta sexta-feira (22). 

De acordo com as investigações, Pedro foi quem teve acesso ao armamento. Ele seria o responsável por observar toda a movimentação dentro do Fórum de Vila Velha e descobrir onde as armas eram guardadas.

"Nós fizemos uma perícia e constatamos que não havia arrombamento em local algum, nem na sala nem nos dois cofres de onde desapareceram as 26 armas. As investigações seguiram até que nós chegamos à autoria de um estagiário que trabalhava lá dentro, que foi o responsável pelo furto de todas as armas", destacou o superintendente de Polícia Técnico-Científica, delegado Danilo Bahiense.

Os funcionários do órgão só sentiram falta das armas no dia 18 de novembro, quando uma escrivã precisou utilizar uma delas. Ao constatar que uma das pistolas não estava no cofre, a funcionária procurou o livro de registro das armas, mas percebeu que até o livro não estava no local. Com isso ela acionou a Polícia Civil, que iniciou as investigações. "Ele [Pedro] furtou o livro de controle de armas, para o cartório não descobrir, e depois queimou o livro", disse Bahiense.

Rayner (esquerda), Pedro (centro) e Amerique foram presos acusados de envolvimento no furto das 26 armas Foto: Reprodução

De acordo com a polícia, duas das 26 armas eram de uso restrito. Pedro, que atuou dois anos no fórum como estagiário de Direito, confessou ao delegado, que inicialmente havia furtado apenas uma arma. No entanto, ao perceber que a venda dos objetos era lucrativo, ele teria continuado com a prática criminosa.

"Primeiramente ele furtou uma arma e entregou para um policial militar, que é o Rayner, na faculdade. Ele disse que queria R$ 1 mil pela arma, mas o Rayner falou que ela valia R$ 5 mil. Daí ele falou 'vou ganhar um dinheiro, porque tem muita lá onde eu peguei'. O Rayner então vendeu essa arma e ele [Pedro] furtou mais três e levou para o Rayner", contou o delegado.

De acordoo com Danilo Bahiense, o estagiário chegou a comprar um carro do policial, utilizando as armas como forma de pagamento. "Ele furtou mais duas vezes, de três a quatro armas, e, finalmente, acabou furtando de 11 a 12 armas, que foram utilizadas para fazer o pagamento do Peugeot que ele comprou do policial militar", frisou o delegado.

Segundo a polícia, Amerique também ajudou a comercializar as armas furtadas. "O policial colocou o Amerique para começar a comercializar as armas. E o Amerique, segundo relato dele próprio, comercializou aproximadamente 16 armas, que eram entregues por ele mesmo. Algumas vezes ele era acompanhado do policial militar, que ia no próprio carro para entregar o material para o criminoso que estaria comprando as armas", destacou Bahiense.

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