Polícia

Funcionários fazem queixa e superlotação no São Lucas vira caso de polícia

Imagens divulgadas nesta segunda-feira (7) mostram pacientes em macas nos corredores do hospital. Para quem trabalha no hospital, falta material básico para atender pacientes

Superlotação virou caso de polícia Foto: Reprodução/TV Vitória

A superlotação que causou revolta em pacientes e familiares no Hospital São Lucas, em Vitória, virou caso de polícia após funcionários do hospital registrarem boletim de ocorrência para denunciar as condições do local. Os funcionários prometem, também, denunciar o caso para o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES).

Imagens divulgadas nesta segunda-feira (7) mostram pacientes em macas nos corredores do hospital. Para os pacientes, faltam leitos. Já para quem trabalha no hospital, faltam material básico e mão de obra para atender os pacientes.

“Hoje faltou lençol. Pacientes estão desde ontem sem tomar banho, nesse calor infernal que está lá dentro. São máquinas sujas de sangue e de secreção, mas você não pode fazer nada. Então, eles vão para a televisão, o secretário diz que está tudo bem, mas não tem nada bem. É tudo notícia falsa porque nós estamos aqui há 12 horas. Estamos vendo o caos que aqui está”, desabafa a funcionária do hospital, Rosely Maria de Oliveria da Silva.

Familiares filmaram corredores lotados Foto: Reprodução/TV Vitória

Além da superlotação, pacientes e acompanhantes sofrem com o calor e precisam abanar os parentes que estão nas macas. “Tem que abanar por causa desse calor insuportável”, conta a vendedora Daniele Inácio.

Funcionários afirmam que na manhã desta segunda-feira (7) a situação passou do limite, com cem pacientes nos corredores para serem atendidos por três funcionários. Eles procuraram a polícia para registrar um boletim de ocorrência.

Esta é a segunda vez que funcionários do Hospital São Lucas procuram a polícia. A primeira foi em 2015. Na próxima terça-feira (8) os servidores dizem que irão denunciar o caso ao MP-ES.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que novos leitos começam a ser abertos em 15 dias e que os pacientes já foram transferidos, assim como outros que deram entrada no Hospital São Lucas. A Sesa reconheceu a sobrecarga no atendimento e afirma que não há orientação da direção em negar atendimento.

Já Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que a Polícia Civil vai apurar os fatos. Um representante do hospital será chamado para prestar esclarecimentos, ainda sem data marcada.

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