Polícia

Dívida de R$ 60 pode ter motivado morte de taxista em Cachoeiro de Itapemirim

Pelas imagens das câmeras de segurança, a polícia identificou quatro suspeitos, sendo que um deles foi o atirador, que fugiu separadamente dos comparsas

Os suspeitos foram flagrados por câmeras de segurança da região Foto: ​Reprodução

O assassinato do taxista Márcio de Jesus, 39 anos, ocorrido no último domingo (3), pode ter sido motivado por uma dívida de R$ 60, de acordo com a Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim. Com a isso, a hipótese de latrocínio está praticamente descartada. A informação foi passada na manhã desta sexta-feira (8) pelo delegado Guilherme Eugênio, responsável pelas investigações.

Segundo o delegado, quatro pessoas estiveram no local do crime e uma delas foi quem atirou em Márcio. O atirador já foi identificado, mas o nome ainda não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. “Algumas testemunhas já reconheceram o autor, através das imagens. Ele, inclusive, é suspeito de ter cometido um assassinato registrado em Cachoeiro, em janeiro deste ano. Já apuramos que a vítima tinha adquirido um aparelho celular do autor pelo valor de R$ 60, mas o aparelho apresentou problemas. O taxista devolveu o celular e pediu o dinheiro de volta. No entanto, o possível atirador não devolveu a quantia cobrada”, explica o delegado.

A polícia já identificou o atirador (camisa azul) e quer identificar os outros três Foto: ​Reprodução

A polícia agora busca identificar os outros três comparsas do atirador. “Já enviamos 26 ofícios para os estabelecimentos comerciais próximo ao local. Eles terão que nos entregar as imagens ainda hoje. Foram três dias de prazo, mas até o momento nenhum entregou. Caso não entregue, isso configura crime de desobediência e as providências serão tomadas de acordo com a lei”, comenta.

Ainda, de acordo com o delegado, caso os comerciantes ofereçam resistência para ceder as imagens, a polícia poderá pedir busca e apreensão dos equipamentos eletrônicos. “Essas imagens são essenciais e importantes para a identificação dos outros três suspeitos e para entendermos a dinâmica do crime”, continua.

O crime

Os três suspeitos deram cobertura ao atirador Foto: ​Reprodução

As câmeras de segurança de comércios próximos ao local do crime e da Prefeitura de Cachoeiro registraram a ação dos suspeitos. Às 18h16, eles se encontraram na Praça de Fátima, na avenida Beira Rio. Em seguida, às 18h18, foram flagrados na Ponte de Ferro, próximo à Delegacia da Mulher. 

O crime aconteceu às 18h28. “Lá, um dos comparsas teria passado a arma do crime para o atirador. Depois ele seguiram até o ponto de táxi. Os três comparsas ficaram na praça Jerônimo Monteiro, ao lado do ponto, dando cobertura, e o atirador cometeu o crime. Na fuga, os três suspeitos fugiram pela ponte Karin Tanure e o atirador seguiu na rua contrária, no sentido rodoviária”, explica Guilherme Eugênio.

As imagens cedidas à polícia não flagraram o momento do crime. “Esperamos que com as imagens que foram solicitadas, possamos identificar os outros suspeitos e saber para onde o atirador fugiu após o crime”, completa Guilherme Eugênio.

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