Polícia

Grupo é preso com marretas modificadas e usadas como arma em Viana

Eles contaram para a polícia que o bairro está em guerra e que outro grupo teria matado parentes deles. O trio disse que estava procurando vingança

As marretam foram modificadas Foto: Divulgação/PM

Três jovens foram presos com duas marretas no bairro Ipanema, em Viana. De acordo com a polícia, as duas ferramentas foram modificadas artesanalmente para se transformarem em armas de calibre 12, com alto poder de destruição. Elas estavam com Wellington de Souza Batista e Wallace Henrique Freire, ambos de 20 anos, e Bruno Grijó da Silva, de 18 anos. 

“Falaram que estavam vendendo uma [arma de calibre] 12. Nós achamos que era um revólver mesmo, mas trouxeram isso aí. Uma marreta, mas com bala de 12. Nós compramos. Tinha R$ 500 na nossa mão. Melhor duas 12 do que nada na mão”, disse Wallace.

De acordo com o trio, o bairro está em guerra. A casa de Wellington teria sido atingida por tiros, já Wallace e Bruno contaram que parentes deles foram mortos.

Os assassinatos aconteceram no inicio deste ano. De acordo com os suspeitos, há dois meses eles andam pelas ruas com as marretas para se vingarem. “Os pilantras estavam rodando a favela e nós estávamos no meio do mato esperando por eles”, contou Wallace.

De acordo com a polícia, foi um morador que informou que três homens estariam em um terreno baldio com armas e drogas. Ao chegarem ao terreno, os militares viram os suspeitos correndo. Eles foram atrás e viram o momento em que um deles jogou uma arma no chão, na tentativa de despistar os policiais.

Segundo os policiais, a marreta estava com Wellington. Durante a abordagem o pai do rapaz foi até o terreno e informou que no quarto do filho teria outro objeto igual. Na residência, além da arma de fabricação caseira, foram encontradas algumas buchas de maconha. 

Os detidos e o material apreendido foram entregues na Delegacia de Cariacica. O trio, que possui várias passagens por diversos crimes como homicídio e assalto, foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. 

Presos, os três afirmam que quando saírem do presídio, mesmo sem as marretas, irão continuar atrás de vingança. “Cadeia é só uma casa de passagem. Qualquer dia estaremos na rua de volta’, destacou Bruno.

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