Polícia

Mulher é detida suspeita de ajudar bandidos que atiraram em filha de PM na Serra

De acordo com a polícia, Jéssica Santos de Souza ajudou os autores do crime a esconder o carro utilizado na ação. Paula Stange Ribeiro, de 26 anos, está internada em estado grave

Crime aconteceu na frente da casa da vítima, no bairro Chácara Parreiral, na Serra Foto: TV Vitória

Uma mulher foi detida, no início da tarde desta quarta-feira (04), suspeita de ter envolvimento da tentativa de homicídio contra a filha de um subtenente da reserva da Polícia Militar, ocorrida durante a manhã, em Chácara Parreiral, na Serra. De acordo com a polícia, Jéssica Santos de Souza ajudou os autores do crime a esconder o carro utilizado na ação.

A suspeita foi detida na casa dela, na região conhecida como "Paredão", também na Serra. No local, os policiais encontraram 215 buchas e um tablete de 60 gramas de maconha, 22 papelotes e um saco plástico com 270 gramas de cocaína, uma balança de precisão e R$ 912 em espécie.

Os militares que participaram da ação disseram que receberam denúncias de que o carro utilizado na tentativa de homicídio havia sido visto na casa da suspeita e que ela teria levado o veículo para ser escondido em outro lugar.

Jéssica foi levada para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, para prestar esclarecimentos. Em seguida, foi conduzida para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten), na Serra.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher, pois a Polícia Civil trabalha, a princípio, na linha investigativa de tentativa de homicídio. Ainda segundo a Sesp, nenhum suspeito de envolvimento direto com o crime foi detido até o momento.

Estado de saúde

Estado de saúde de Paula Stange Ribeiro é grave Foto: Reprodução

Já a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o estado de saúde da jovem baleada na manhã desta quarta-feira continua grave. Paula Stange Ribeiro, de 26 anos, levou um tiro na cabeça na frente da casa dela, no bairro Chácara Parreiral, por volta das 6h30.

O crime aconteceu no momento em que a vítima saía de casa junto com o pai, que ofereceu levá-la de carro à academia, já que motoristas e cobradores de ônibus haviam entrado em greve. "Devido à greve de ônibus, ele ia tirar o carro da garagem para levar ela na academia. E da academia, possivelmente, ela iria para o trabalho", contou um amigo da família, que preferiu não se identificar.

Após Paula ser baleada, o pai dela, que é subtenente da reserva da Polícia Militar, atirou contra os bandidos, mas eles conseguiram fugir. "Ele viu a situação toda. Se ele não tivesse reagido, eles teriam entrado na casa e tomado tudo, feito todo mundo refém. Já tinham até atirado na filha dele", disse o amigo.

Marcas de tiros ficaram no muro da casa e em uma árvore. Cápsulas também ficaram espalhados pela rua Raimundo Correia. A jovem foi socorrida e levada, em estado grave, para o hospital Jayme dos Santos Neves. 

Câmeras de segurança registraram a movimentação dos bandidos na região onde aconteceu o crime Foto: TV Vitória

O amigo da família esteve na unidade de saúde para doar sangue à vítima e confirmou que o estado de saúde dela é bastante delicado. "O próprio pai dela falou que ela perdeu massa encefálica. Ela passou por uma cirurgia e agora está em observação. Vai ficar 48 horas sedada. Então a situação dela é muito delicada. O pai dela mesmo falou que só Deus mesmo [para salvá-la]", contou.

Câmeras de videomonitoramento registraram imagens do veículo utilizado pelos criminosos circulando por Chácara Parreiral. A polícia fez buscas na região, mas até o momento os ocupantes do carro não foram localizados.

Medo

Uma professora aposentada, que mora na rua onde o crime aconteceu, conta que Paula estava com medo de sair sozinha porque havia sido assaltada há poucos dias. "Ela sempre ia correndo para a academia. Ia a pé para Laranjeiras. Ela sofreu um assalto no tobogã de Laranjeiras e aí o pai dela passou a leva-lá, por causa de medo", contou.

A mulher disse ainda que os assaltos na região são constantes. "Nós temos muita falta de policiamento. Só aparece polícia aqui quando tem uma ocorrência", reclamou.

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