Polícia

Porteiro é preso em Vitória suspeito de abusar sexualmente da filha de 7 anos

Segundo a polícia, o caso só foi descoberto depois que a vítima, hoje com 14 anos, se abriu para uma psicóloga de um projeto social. Suspeito foi preso no trabalho

Suspeito foi preso enquanto trabalhava em um prédio na Praia do Canto e foi levado para a DPCA Foto: TV Vitória

Um porteiro de 38 anos foi preso, nesta terça-feira (17), em Vitória, suspeito de abusar sexualmente da própria filha, atualmente com 14 anos. No entanto, segundo a polícia, os abusos teriam começado quando a menina tinha apenas 7 anos.

O suspeito foi detido por policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no momento em que trabalhava em um prédio, na Praia do Canto. Ele já era investigado pela delegacia desde dezembro do ano passado.

"Esses abusos aconteceram de forma gradativa, ou seja, inicialmente o pai abusador passou a tocar as partes íntimas, acariciar o corpo da adolescente, até chegar à pratica sexual, à conjunção carnal. Então isso foi ocorrendo ao longo do tempo e ele foi ganhando confiança", afirmou o titular da DPCA, delegado Lorenzo Pazolini, responsável pelas investigações.

A polícia tomou conhecimento do caso após a vítima participar de um projeto social e contar sobre os abusos para a psicóloga do local. "Ela frequentava um ambiente onde eram fornecidas atividades esportivas, atividades lúdicas e atendimento psicológico. Ou seja, havia uma psicóloga no dia-a-dia, que recebia esses jovens e conversava com eles. A partir daí, essa jovem descreveu essa série de abusos que vinha sofrendo ao longo do tempo. Foi feito um relatório pela equipe multidisciplinar e que chegou até as nossas mãos, para a instauração de inquérito policial", frisou Pazolini.

Polícia Civil investigava o caso desde dezembro Foto: Divulgação

No celular da vítima, a polícia encontrou uma mensagem enviada pelo suspeito, que possuía conteúdo erótico e ameaçador. Em depoimento, a adolescente contou que era ameaçada pelo pai constantemente. Ela disse ainda que não revelou para a mãe sobre os abusos, pois não sentia confiança.

De acordo com o delegado, a mãe da menina já teria presenciado situações no mínimo estranhas entre o marido e a filha. "A mãe constatou na prática que havia algo de anormal e, infelizmente, não tomou nenhuma providência ao tempo em que deveria ter tomado. Nós vamos prosseguir nas investigações em relação à conduta da mãe e ver até que ponto essa omissão foi dolosa ou não", ressaltou Pazolini.

O suspeito de abusar sexualmente da própria filha preferiu não conversar com a imprensa. Ele foi autuado por estupro de vulnerável e levado para o presídio. 

"É um abuso praticado pelo pai biológico, que gerou essa criança, mas que está comprovado [o abuso]. Infelizmente ele vai responder agora pelo crime de estupro de vulnerável, com a pena de 8 a 15 anos de reclusão", destacou o titular da DPCA.

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