Polícia

Adolescente é espancado a pauladas e pedradas após subir em cavalo em Vila Velha

Segundo a família do rapaz, de 16 anos, ele é apaixonado por cavalos e subiu no cavalo porque achou que ele não tivesse dono. Menino está internado em estado grave

Rapaz foi espancado no bairro Rio Marinho, em Vila Velha Foto: TV Vitória

Um adolescente de 16 anos foi brutalmente espancado por cerca de dez homens, em Rio Marinho, Vila Velha, após ter visto um cavalo solto na rua e ter montado no animal. O rapaz foi levado em estado grave para o Hospital São Lucas, em Vitória, onde permanece internado.

O caso aconteceu na Rua Aricanga, próximo ao areal de Rio Marinho, na terça-feira (07). Segundo testemunhas, o menor foi agredido com pedaços de madeira e pedras. A vítima desacordada no meio da rua e foi socorrida por uma ambulância do Samu.

A família disse que o rapaz é apaixonado por cavalos e subiu no animal apenas para se divertir. "Isso foi uma tentativa de assassinato. Eles não precisavam ter feito isso. Podiam somente brigar com ele, falando 'não monta no cavalo que ele tem dono'", disse a mãe do menino.

A mulher disse que, depois do espancamento, só conseguiu ver o filho no hospital, quase 24 horas depois do ocorrido. Segundo a família, o adolescente está desacordado, respira com a ajuda de aparelhos e espera por uma vaga na UTI.

"Está totalmente dependente de uma UTI, que não tem. Eu sou pobre, não tenho dinheiro para comprar um leito de UTI para ele. Porque se eu tivesse, já teria comprado", lamentou a mãe.

A família disse ainda que, até agora, não foi procurada pela polícia. "Até então ninguém sabia o que tinha acontecido, o que ele tinha feito para fazerem isso com ele. A gente não tinha informação nenhuma do que tinha acontecido", contou a madrinha da vítima.

Trabalho

O adolescente foi espancado próximo à oficina mecânica onde começou a trabalhar há pouco mais de uma semana. Ele havia acabado de almoçar no local, quando viu o cavalo solto na rua.

O dono da oficina conta que contratou o rapaz a pedido da família, que não queria o adolescente na rua e sem ocupação. O garoto começou a trabalhar como assistente de serviços gerais e, segundo o dono da oficina, nos dias em que trabalhou demonstrou ser um jovem tranquilo e trabalhador. "É um menino obediente, pacífico. Tudo que você pede ele faz. É uma pessoa normal", contou.

Por meio de nota, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) informou que o adolescente não tem registro de atos infracionais e nunca passou por internação socioeducativa. 

Já a Polícia Militar informou que uma guarnição esteve no local do espancamento, mas nenhum dos agressores foi identificado até o momento. Quem tiver qualquer informação que possa ajudar o trabalho da polícia deve entrar em contato com o disque-denúncia, pelo telefone 181. Não é preciso se identificar.

Pontos moeda