Polícia

Defesa nega que suspeito de matar Barbara Richardelle tenha vazado fotos íntimas da jovem

Segundo a defesa de Christian Cunha, a divulgação das imagens foi feita por um primo da vítima e teria contribuído para que o rapaz tivesse cometido o assassinato

Advogados de Christian afirmaram que o rapaz foi induzido a cometer o crime após a divulgação das fotos da jovem Foto: TV Vitória

A defesa de Christian Braule Pinto Cunha, suspeito de assassinar a ex-namorada, Barbara Richardelle, em 2014, negou, durante argumentação apresentada no julgamento do rapaz, que o réu tenha sido o responsável pela divulgação de fotos íntimas da vítima, ao contrário do que sustenta a acusação. O vazamento de fotos em que Barbara estaria nua teria sido o estopim para que o crime fosse cometido.

De acordo com os advogados de Christian, as imagens foram divulgadas por um primo da vítima. A defesa alegou que o vazamento das fotos teria induzido o rapaz a assassinar a jovem.

Outro ponto defendido pelos advogados é que a droga que o réu teria ingerido um dia antes do crime potencializou a reação do rapaz, fazendo com que ele cometesse o crime por impulso.

A defesa contestou a alegação dos promotores do Ministério Público de que Barbara Richardelle não teria tido chance de se defender. Segundo os advogados, ela poderia ter se defendido sim no momento em que estava sendo estrangulada pelo suspeito.

A defesa afirmou ainda que o réu foi coerente em todos os depoimentos apresentados até agora, desde o momento em que se apresentou à polícia pela primeira vez, mantendo sempre a mesmas versão e não apresentando contradição em nenhum momento.

Os advogados defendem que o crime cometido por Christian foi homicídio privilegiado, o que diminui sensivelmente a culpa do autor do crime e atenua a pena para o acusado. De acordo com a defesa, a condenação do réu à pena máxima não tem fundamento e, caso ocorra, seria por pressão da mídia e da sociedade.

Réplica

Com o término da fala da defesa, os promotores do MPES pediram réplica ao juiz Eneas Miranda, que preside o júri. Com isso, a acusação terá mais uma hora para apresentar suas alegações. Caso a defesa solicite a tréplica, também terá mais uma hora de fala.

Com isso, o julgamento, que estava previsto para terminar até as 19 horas desta quinta-feira, poderá se alongar por, pelo menos, mais duas horas. Encerradas todas as argumentações da acusação e da defesa, o juiz-presidente deverá se reunir com os jurados, em uma sala reservada, e, após a reunião, o magistrado proferirá a sentença.

>> Barbara Richardelle: suspeito de matar namorada permanece de cabeça baixa em julgamento
>> Em júri, acusado de matar namorada diz que ingeriu ecstasy antes do crime

>> Acusado nega ter comido churrasquinho ao lado do corpo de Barbara Richardelle​

>> Promotores pedem pena máxima para suspeito de assassinar Barbara Richardelle

O crime

A jovem foi morta em março de 2014 Foto: Reprodução Facebook

Em março de 2014, Bárbara Richardelle foi encontrada morta na margem da Rodovia Darly Santos, em Vila Velha. O suspeito de assassinar a jovem é o ex-namorado da vítima, Christian Cunha, hoje com 21 anos.

Na época do crime, segundo a polícia, Christian teria confessado e dado detalhes sobre como matou a ex-namorada. Segundo inquérito da Polícia Civil, o rapaz relatou que Bárbara, que era vendedora, havia saído do trabalho e encontrou com ele para conversar. A jovem estaria com raiva porque Christian havia divulgado fotos sensuais dela na internet. 

Ele então teria confessado à policia que esganou Bárbara e que ela caiu no chão. Em seguida, segundo a polícia, o suspeito comprou um churrasquinho e comeu ao lado da jovem caída. Ao perceber que Bárbara havia se mexido, Christian teria pego uma cavadeira e a golpeado na cabeça.

Pontos moeda