Polícia acaba com festa clandestina regada a álcool e drogas na Serra

Uma operação da Polícia Civil durante uma festa clandestina terminou com a apreensão de diversos tipos de drogas e nove pessoas conduzidas à delegacia. A ação aconteceu durante a madrugada de sábado (18) para domingo (19), no bairro Capuba, na Serra.

De acordo com a polícia, durante o evento "Imbika Chefe" bebidas alcoólicas e drogas eram comercializadas livremente entre menores de idade. Por causa disso, por volta de 1 hora de domingo, policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Deten), do Grupo de Operações Táticas (GOT) e agentes da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) invadiram e acabaram com a festa.

"Eles até acreditavam que, no momento da abordagem, a ação da policia fazia parte de uma surpresa do evento. Demorou para eles perceberem que realmente se tratava de uma ação policial. Foram perceber quando nós pegamos o microfone, acabamos com o som e anunciamos a presença da polícia no local", contou o delegado Fábio Pedroto, da Deten. 

Ao todo, 70 policiais em carros descaracterizados cercaram o local. A polícia já havia recebido uma denúncia anônima de que a festa não tinha classificação indicativa e que eram vendidas bebidas e drogas durante o evento. 

Durante a operação foram encontrados haxixe, maconha, cocaína, ecstasy, loló, lança-perfume e crack, além de mais de R$ 6 mil em dinheiro. Também foram apreendidas duas armas de brinquedo e um revólver calibre 38, que, segundo a polícia, era compartilhado por dois seguranças da festa, que acabaram detidos. Além deles, um menor de 16 anos, que teria sido flagrado com droga, foi levado à delegacia.

"Houve uma prática de ato infracional análogo ao tráfico de drogas e ele [o menor] foi autuado e liberado. Os presos foram os seguranças, que estavam com arma de fogo de forma irregular, com numeração raspada", frisou Pedroto.

Seis jovens, com idades entre entre 18 e 25 anos, que seriam os organizadores da festa, também foram conduzidos à delegacia. De acordo com a polícia, eles não tinham autorização para a realização do evento.

"[Foram constatadas] todas as irregularidades possíveis. Não tinha autorização da prefeitura e do Poder Judiciário, não tinha vistoria do Corpo de Bombeiros, não tinha autorização da Delegacia de Costumes e Diversões, que expede um alvará específico para isso. Ou seja, não havia nem autorização da Polícia Civil. Em razão disso, os próprios organizadores reconheceram a ilegalidade", destacou o delegado.

Nesta segunda-feira (20), apenas a perícia da Polícia Civil teve acesso à parte interna do local onde o evento foi realizado. De acordo com Fábio Pedroto, o dono do estabelecimento também foi ouvido, mas foi liberado por não ter ligação com a festa.

Depois da ação, a polícia reforça: a partir de agora haverá fiscalização constante contra festas clandestinas. "Todas elas serão fiacalizadas pela Deten a partir de agora e reprimidas. Porque nós sabemos que a grande maioria dessas festas clandestinas conta com a presença de menores, drogas, bebidas alcoólicas e armas de fogo", ressaltou o delegado.