Polícia

Policiais militares e agente penitenciário são presos por morte de cobrador em Cariacica

Os militares seriam supostos amigos da vítima que foram a um local ajudá-lo a recuperar a moto roubada. Eles teriam confundido o cobrador com o suspeito

O cobrador teria sido confundido com o suspeito Foto: Reprodução Facebook

Três policiais militares e um agente penitenciário foram detidos nesta quarta-feira (8). Eles são suspeitos de terem assassinado no início de março o cobrador de ônibus Ramon Alves de Jesus, de 22 anos, em Cariacica.

De acordo com a polícia, os militares seriam supostos amigos da vítima que foram a um local ajudá-lo a recuperar a moto roubada. Como o local era deserto, eles acabaram confundindo o cobrador com o suspeito de ter roubado o veículo.

O delegado João Paulo Pinto, que está a frente das investigações, explicou detalhes do crime. “A gente não tem dúvida alguma de que eles não estavam do lado dos bandidos. Se eles iriam ganhar alguma coisa da vítima por terem ajudado nós ainda vamos investigar. De qualquer forma, essa ajuda que esses militares ofereceram a essa vítima já foi totalmente ilegal". 

Segundo o delegado, eles não deveriam ter agido por conta própria. “Eles eram policiais militares e deveriam ter acionado o comando deles ou a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos que estava com a investigação. Por conta própria eles resolveram agir dessa maneira e acabaram fazendo essa besteira, que culminou com a morte da vítima”, destacou.

De acordo com João Paulo Pinto, os policiais disseram que teriam confundido a vítima. “O agente informou que logo que a vítima entrou no mato para conversar com os criminosos eles também entraram e efetuaram os disparos. Diz ele que acreditou que o cobrador fosse um dos bandidos. A partir do momento em que eles perceberam a besteira que fizeram, um militar disse para o agente deixar a cena do crime e em momento nenhum ele aparece na ocorrência. Depois que eles perceberam que a investigação estava caminhando eles narraram o roubo da arma”.

Eles vão responder por homicídio qualificado com relação a morte de Ramon.

Em nota, a Sejus informou que não compactua com este tipo de conduta e a Corregedoria da Secretaria abriu sindicância para apurar o caso e tomar as medidas cabíveis previstas em Lei.

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