Filhas de mulher morta a facadas pelo namorado em Cariacica avisaram a mãe sobre perigo do relacionamento

Continua foragido o suspeito de assassinar a facadas a própria namorada, Lurdes Ribeiro, de 45 anos, na noite do último sábado (23), em Cariacica. O crime aconteceu no bairro Nova Rosa da Penha II, no momento em que a vítima estava com duas netas no colo.

Lurdes levava as duas crianças para uma festa julina, quando foi morta no meio da rua. O suspeito é o namorado dela, conhecido apenas como Tico. Ele estava em um bar, quando a vítima passou com as duas netas. 

Os dois discutiram e o suspeito teria dado duas facadas nas costas de Lurdes, no momento em que ela abaixava para deixar as netas no chão. Em seguida, ele fugiu e ainda não foi localizado.

"Ela acordou bem cedo, eram quase 7 horas da manhã, e foi ao supermercado. Ao sair para o supermercado, ela o viu com outra mulher e ele a agarrava. Ela falou 'o que é isso Tico?', e ele falou 'que isso o que? É isso que você está vendo'. Ele sempre falava que não queria ver minha mãe no bar, mas ele sempre estava lá", contou a filha de Lurdes, Ludelaine Ribeiro dos Santos, de 20 anos.

Relacionamento

O namoro de Lurdes com Tico tinha apenas dois meses. Os encontros do casal aconteciam na casa da vítima, e os dois dormiam juntos na cama de Lurdes. Ela morava em uma pequena casa de dois cômodos, bem próxima à casa onde mora Ludelaine.

Duas das filhas da vítima disseram que já vinham alertando a mãe sobre os perigos do relacionamento. Segundo elas, o suspeito havia se mudado para Nova Rosa da Penha II, dizendo que tinha feito alguma coisa errada em Castelo Branco, também em Cariacica. Ele, no entanto, nunca entrou em detalhes sobre o que teria feito.

"Há pouco tempo ele voltou para cá falando que tinha acontecido alguma coisa lá, que foi erro dele ter feito aquilo, e que tinha que vir para cá. Já se via no olhar dele que ele não estava com boas intenções com ela", afirmou Ludelaine.

Lurdes tinha sete filhos e quatro netos. Agora, Ludelaine terá de cuidar sozinha dos três irmãos mais novos, além de suas duas filhas. "Ela podia beber, podia fumar, podia fazer tudo, mas era a minha mãe. O que ele fez, ele vai pagar. A mão de Deus todo mundo sabe que é pesada, e ele vai sentir a dor que minha mãe sentiu", disse a filha mais nova da vítima, de 11 anos. 

Enquanto a família ainda tenta se recuperar do abalo provocado pelo crime, o suspeito continua solto. A investigação está a cargo da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cariacica.

Quem tiver qualquer informação que possa ajudar o trabalho da polícia deve entrar em contato com o disque-denúncia, pelo telefone 181. Não é preciso se identificar.