Polícia

Fotógrafa é assediada por funcionário de empresa de TV a cabo

Depois que sofreu o assédio, a mulher diz que começou a procurar por casos parecidos e encontrou muitos outros. Segundo ela, as mensagens do homem tinham um “teor muito baixo”

A fotógrafa foi assediada por um funcionário da NET após solicitar serviços da empresa Foto: ​Reprodução

Após receber a visita de um funcionário da NET, uma fotógrafa foi assediada através de mensagens no WhatsApp. Juliana Barros, que estava de mudança, solicitou os serviços da operadora para instalar televisão, internet e outros aparelhos eletrônicos.

“Ele veio e colocou a televisão e a internet. Mas faltou um adaptador. Ele falou que tinha que procurar e que, se tivesse algum problema, para retornar para ele”, contou.

A fotógrafa pegou o telefone do funcionário e ficou uma semana procurando o adaptador. Como não achou, Juliana ligou para o profissional e contou a situação.  Por telefone, ele sugeriu algumas lojas em que ela poderia encontrar o aparelho e, no final da mensagem, chamou Juliana de “gata”.

“Eu achei estranho ele me chamar de gata. Mas pensei: vai ver é uma gíria dele”.

Depois de alguns dias, a fotógrafa informou que ainda não tinha encontrado o adaptador. O funcionário ficou de levar na casa dela o adaptador, mas chegou no local às 20h30. Por conta do horário, Juliana não autorizou a subida dele. 

“Ele chegou em casa à noite e eu não deixei ele subir. Era 20h30 e ele tinha me chamado de gata. O meu zelador nem tava para me acompanhar. Foi aí que começou a piorar”.

A fotógrafa denunciou o caso na polícia Foto: ​Reprodução

Segundo Juliana, os assédios foram piorando e o funcionário dizia palavras de baixo calão.  Logo em seguida, ele pediu “desculpas” à fotógrafa dizendo que estava bêbado. Mas ele não parou por aí e continuou o assédio.

“Isso foi no dia 2 de julho. Eu pedi a opinião de algumas pessoas, falei com o meu pai e ele falou para eu não fazer nada. Porque eu ia me expor. Então deixei passar. No dia 22 de julho ele mandou uma mensagem pior. Foi aí que eu resolvi denunciar”.

A cliente diz que pensou em bloquear o homem, mas que isso não ia resolver o problema de outras mulheres que poderiam sofrer com o mesmo tipo de situação.

“Eu ia bloquear o cara e ele ia continuar trabalhando, visitando as mulheres nas casas delas. Ele ficou mais de 50 minutos na minha casa”.

Juliana conta que a empresa entrou em contato com ela apenas para saber do serviço do funcionário. Para ela, é preciso que a NET mude radicalmente o seu sistema de contratação. “A NET tem que se preocupar com isso. Estamos na mão dela. Eu gostaria que ele fosse preso, mas eu estou muito ingênua. Ou que ele fizesse alguma coisa pra aprender”.

Assustada com a situação, a fotógrafa está com medo até de sair de casa. “Eu denunciei ele antes de ontem, mas ontem eu não saí de casa. Trabalhei de casa. Estou com medo. Nada vai acontecer com ele, mas eu não posso deixar ele continuar [com os assédios]”.

Depois que sofreu o assédio, a mulher diz que começou a procurar por casos parecidos e encontrou muitos outros. Segundo ela, as mensagens do homem tinham um “teor muito baixo” e que não sabe “o que se passa na cabeça desse cara”.

“Você pode receber [o funcionário] com alguém, mas depois ele te manda mensagem. Ele veio na minha casa, foi embora e começou a fazer isso”.

Por meio de nota, a NET informou que o técnico envolvido foi identificado e desligado. Além disso disse que “o caso seguirá sendo apurado na esfera criminal, por meio do Boletim de Ocorrência registrado pela cliente e a empresa ficará à disposição para colaborar com a investigação policial”.

Além disso, a empresa diz que “o caso denunciado está em total desacordo com os valores e código de ética da empresa. Aproveitamos a oportunidade para divulgar o e-mail [email protected], canal exclusivo para comunicação de desvios de conduta de colaboradores. Todos os casos reportados são rigorosamente averiguados, com sigilo e discrição necessários”.

As informações são do R7.

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