Polícia

Torcedor do Flamengo é espancado por nove homens após assistir a partida no Kleber Andrade

Agressões aconteceram na porta de um bar em Vila Velha, horas após o jogo do time carioca contra o Inter. Agressores fugiram com a camisa e a jaqueta rasgadas da vítima

Júnior estava vestido com roupas e boné de uma torcida organizada do clube rubro-negro Foto: Reprodução

Um torcedor do Flamengo foi agredido por nove homens, na porta de um bar em Vila Velha, poucas horas após o jogo da equipe carioca contra o Internacional, ocorrido na noite da última quarta-feira (29), no estádio Kleber Andrade, em Cariacica. De acordo com a vítima, o eletricista José Júnior Rosa, o motivo das agressões teria sido a camisa que ele vestia, de uma torcida organizada do time rubro-negro.

Júnior saía do bar, por volta das 23 horas, quando foi abordado pelos agressores. A vítima voltava para casa depois de assistir ao jogo do Flamengo no Kleber Andrade e decidiu parar com o cunhado para tomar uma cerveja. As agressões foram flagradas por uma câmera de segurança do estabelecimento.

As imagens mostram que o primeiro a entrar no bar é um rapaz de roupa escura. Ele passa pelo cunhado da vítima na porta, entra, volta e sinaliza para que os outros se aproximem. 

Ao todo, nove homens se aglomeram em torno de Júnior. Um deles dá uma gravata na vitima, enquanto os outros batem e puxam a camisa dele. "Eu nunca vi essas pessoas na minha vida. Aconteceu de uma hora para outra", contou.

A agressão não durou mais que um minuto. Os agressores voltaram pelo mesmo caminho que vieram, levando a camisa e a jaqueta rasgadas, além de dinheiro e o celular que estavam no bolso. Na manhã seguinte, Júnior procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

O eletricista estava vestido com a camisa e o bone da torcida Raça Rubro-Negra da Paraíba. Para ele, as roupas que ele vestia teria sido o motivo das agressões.

"A gente não tem direito de vestir a camisa que a gente quer, porque as outras pessoas não têm a tolerância de parar para ver que todo mundo é igual. A única camisa que eu tinha era do time e eu fui para o estádio com ela, como eu fui para o Rio de Janeiro. Porque eu conheço um pessoal que me dá desconto nos ingressos", contou.

Na vizinhança, a notícia das agressões provocou espanto. O comerciante Pedro Anderson Rosa diz que nunca ouviu falar de brigas entre torcidas na região. "Surpreende muito, porque eu acho que é questão de respeito. Cada um torce para um time, então tem que respeitar as pessoas", frisou.

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