Polícia

Advogada consegue rastrear celular roubado na Serra, mas polícia não recupera aparelho

Vítima foi rendida em Jacaraípe por dois bandidos, que levaram o carro dela e diversos pertences. No entanto, ela diz que só conseguiu registrar um boletim de ocorrência

Vítima conseguiu rastrar o celular roubado, por meio de um aplicativo, mas reclama que não recebeu a resposta esperada por parte da polícia Foto: TV Vitória

Uma advogada foi rendida por bandidos, em Jacaraípe, na Serra, e teve o carro e diversos pertences, inclusive o celular, roubados pelos criminosos. Por meio de um aplicativo, a vítima conseguiu rastrear seu aparelho telefônico e, em seguida, procurou uma delegacia. No entanto, ela reclama a polícia não fez nada para recuperar o aparelho e seus demais pertences.

O crime aconteceu na tarde de terça-feira (02), por volta das 14 horas, próximo à principal avenida do bairro. A advogada, que prefere não se identificar, conta que estava manobrando o carro, quando foi surpreendida por dois homens armados. Ela disse que foi obrigada a saltar e teve o veículo levado pelos bandidos.

"Nem percebi que era um assalto. Abaixei o vidro, olhei no retrovisor e não deu para ver nada. Daí que eu vi que era uma pessoa armada e que falou 'sai'. Eu levantei a mão e falei 'tranquilo, pode levar'. Não é a primeira vez que eu sou assaltada em Jacaraípe. E a segunda vez foi a mesma coisa. Colocaram um revólver na minha cabeça, eu levantei a mão e falei 'pode levar'", contou.

Após conseguir a localização de seu celular, a vítima foi até a delegacia do bairro, mas, segundo ela, não recebeu o apoio esperado. A advogada disse que foi encaminhada para a 3ª Delegacia Regional da Serra, em Laranjeiras, e, de lá, seguiu para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Ilha de Santa Maria, em Vitória. Segundo a vítima, o máximo que conseguiu foi registrar um boletim de ocorrência.

A advogada conta ainda que dentro do carro também estavam seus documentos pessoais, documentos de trabalho e seu notebook, com informações importantes sobre clientes e contatos de trabalho. Além disso, segundo a vítima, o carro não tinha seguro, o que representa um prejuízo aproximado de R$ 25 mil.

"Perdi todos os meus documentos. Minha carteira da Ordem [dos Advogados do Brasil] está la, cartão de crédito, cartão de plano de saúde, certidão de nascimento dos meus filhos. Está tudo lá, porque eu sempre andava com isso dentro da minha carteira", lamentou.

Sem uma resposta da polícia, a advogada agora faz um apelo aos bandidos. Revoltada, ela pede de volta os documentos e equipamentos, para que possa, pelo menos, retomar o trabalho e, assim, cobrir o prejuízo.

"Pode ligar para mim e falar que está em tal lugar. Eu vou lá e pego numa boa e não te denuncio. Eu só quero que devolva, porque eu fiquei numa situação muito difícil. Minha mágoa agora não está nem mais em quem me roubou. Minha magoa é em quem está negligenciando o papel que tinha que ser feito", desabafou.

Sobre o assalto à advogada, a Polícia Militar informou que não tem permissão de entrar em residências e locais privados sem mandados de busca e apreensão, quando é acionada pelo 190. A orientação é que a vítima vá até a delegacia registrar a ocorrência, para que o caso seja investigado.

A PM orienta ainda que, em casos de crime em andamento, as pessoas devem ligar imediatamente para o Ciodes, pelo 190, e passar todas as informações.

Já a Polícia Civil informou que o caso foi registrado na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), mas que, até o momento, o veículo não foi localizado. A PCES esclarece ainda que, após as 18 horas, a delegacia funciona apenas para o registro de ocorrências.

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