Polícia

Ex-subsecretário de Saúde é preso por fraude em compra de repelentes no ES

O rombo foi de cerca de R$ 1 milhão somente no primeiro lote dos repelentes que foram comprados no início do ano. Uma secretária também foi presa

O Secretário de Estado de Segurança Pública falou sobre a operação Foto: TV Vitória

Durante a segunda fase da operação Alquimia, realizada pelo Núcleo de Repressão as Organizações Criminosas (Nuroc), o ex-subsecretário de Saúde do Estado, José Hermínio Ribeiro, foi preso. A polícia cumpriu mandado de prisão temporária contra ele, nesta quarta-feira (17), por suspeita de fraude nos contratos da compra de repelentes, no início desse ano.

De acordo com a polícia, foi constatado por auditorias, e pela operação, que o ex-subsecretário direcionou a contratação de uma empresa, superfaturou repelentes e alterou o termo de referência. Uma secretária dele também foi presa.

Durante a manhã, o Secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, falou sobre essa segunda fase. “Nós estamos agora cumprindo a fase dois da operação Alquimia, que aponta irregularidades na Secretaria de Saúde. Irregularidades essas que são objeto de análise. Uma das auditorias apontou, só na aquisição de repelentes, o direcionamento da contratação do fornecedor e a manipulação do termo de referência para a contratação desse fornecedor. Em consequência disso houve um superfaturamento. Com essa operação nós começamos a fazer uma série de ações com apoio do próprio secretário de Saúde”, explicou.

Ainda segundo a polícia, operação continua. O rombo foi de cerca de R$ 1 milhão somente no primeiro lote dos repelentes que foram comprados no início do ano. 

Primeira fase

Na primeira fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (11), uma médica servidora pública foi presa por suspeita de fraude na contratação de empresas terceirizadas para a Sesa. Foram descobertos contratos equivocados, prestações de serviços irregulares e favorecimento pessoal durante as investigações.

O contrato que deu início às investigações é de 2012. A Sesa percebeu que, por diversas vezes, a empresa investigada causava a impugnação do processo licitatório. Como os pacientes necessitam do serviço, um contrato emergencial era feito, mas também de forma irregular, já que era direcionado para a mesma empresa.

Pontos moeda