Polícia

Suspeita de atear fogo em mulher em VV continua foragida

A principal suspeita de ter cometido o crime é a ex-companheira da vítima. A acusada teria levado uma adolescente para ajudar a incendiar a mulher e a casa

O crime aconteceu dentro da casa da vítima Foto: TV Vitória

Vizinhos da vigilante de 52 anos, que teve 90% do corpo queimado, continuam assustados com o crime. Segundo eles, foram momentos de terror vividos na noite da última terça-feira (2), quando as duas acusadas resolveram se vingar. Uma testemunha disse que parecia uma cena de filme de terror.

“A pessoa que fez isso voltou acompanhada de uma adolescente, de aproximadamente 13 ou 14 anos. Elas estacionaram o carro, e uma delas falou com a vítima que não era para ir para a rua, pois já havia avisado. Ela [a vigilante] parecia uma tocha de fogo da cabeça aos pés. O menino da oficina saiu com um extintor e conseguiu apagar o fogo. Ela ficou sem boca, o olho dela estava queimado. Ela não tem mais cílios, sobrancelha, cabelo na cabeça, não tem mais nada”, contou uma vizinha. 

O crime aconteceu dentro da casa da vítima, no bairro São Torquato, em Vila Velha. De acordo com o irmão da vigilante, a frieza e crueldade colocaram a irmã dele em estado grave no hospital. “A intenção não foi só matar. A intenção foi ver sofrer em chamas. Foi o que aconteceu e hoje ela está no hospital com 90% ou mais do corpo queimado”, disse.

Na casa onde a vítima vivia com a filha, tudo ficou danificado. A principal suspeita do crime é a ex-companheira dela. O crime aconteceu por volta das 23 horas, mas segundo vizinhos a confusão começou bem mais cedo.

A vítima estava em cima de um tapete quando tudo aconteceu. Primeiro, a criminosa jogou o combustível no corpo dela, fez o rastro até a porta e, pelo lado de fora, ateou fogo. Com o corpo coberto de chamas, ela se desesperou e tentou chegar até o chuveiro. Ela passou próximo a uma botija de gás, chegou até o banheiro, conseguiu abrir o chuveiro e se molhar, mas o fogo não apagou. Ela decidiu voltar, mas a grade estava trancada.

A suspeita do crime foi vista pelos vizinhos fugindo. Antes de partir, ela ainda zombou da vítima. “Ela foi tão cruel que disse assim: ‘agora você chama a polícia’”, relatou a vizinha.

A casa é bem pequena. Enquanto tudo acontecia na cozinha, em um quarto ao lado estava a filha dela, uma menina de seis anos. Quando percebeu que a mãe estava com o corpo pegando fogo ela entrou em desespero, mas não conseguia sair. De uma janela pequena, ela gritou e chamou a atenção dos vizinhos, que chegaram para ajudar.

Na manhã desta quinta-feira (4), parentes da mulher queimada estiveram na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, para prestar depoimento. A suspeita do crime continua foragida. Segundo a família, o relacionamento das duas era marcado por confusões.

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