Familiares pedem justiça após morte de mulher espancada por ex-marido na Serra
Ela foi brutalmente espancada em setembro do ano passado, em Lagoa de Carapebus. Desde então, a vítima vivia na casa da mãe, em estado vegetativo
O velório de Jamilly Santos de Carvalho, 31 anos, que estava em coma há cerca de um ano, desde quando foi espancada pelo ex-marido, em Lagoa de Carapebus, na Serra, aconteceu nesta sexta-feira (30) e foi marcado por pedidos de justiça. O acusado pelo crime é o ex-marido dela, que foi preso, mas ficou apenas 30 dias na cadeia. A agressão aconteceu no dia 24 de setembro do ano passado.
“É muito difícil. Ver uma filha acamada é muito difícil e ver no caixão, igual ela está, dois mais ainda. Tem sido muito difícil para mim. Eu nunca pensei em um dia chegar a enterrar um filho”, afirmou Mara dos Santos, mãe da vítima.
Segundo familiares, Jamilly passou mal na última quarta-feira (28) e precisou ser levada para o Hospital Jayme Santos Neves. No entanto, ela não resistiu e morreu pela manhã. O irmão da vítima contou que, durante a noite, a mãe sentiu a filha gelada e acionou o Samu. Como a pressão dela estava muito baixa, os socorristas a levaram para o hospital, onde, segundo o irmão, foi diagnosticado um princípio de pneumonia.
A mulher ficou internada e exames chegaram a ser realizados. Por volta das 5 horas, foi constatada a morte após uma parada cardiorrespiratória. Segundo a prima, desde que passou a necessitar de cuidados especiais, Jamilly frequentemente apresentava problemas de saúde, justamente por estar com a imunidade baixa.
A vítima teve traumatismo craniano depois de ser violentamente agredida pelo ex-companheiro, Cleiton dos Santos Costa, de 22 anos, que teria batido a cabeça da vítima várias vezes no chão. O rapaz chegou a ser preso no início deste ano, mas foi solto depois de passar 30 dias na cadeia.
No momento em que foi agredida, a mulher estava com o filho, que na época tinha apenas seis meses. Após espancar a ex-companheira dentro do quarto do casal, o suspeito fugiu e a deixou agonizando, trancada junto com a criança.
Cleiton chegou a ir para a Bahia, onde ficou foragido por cerca de seis meses. O suspeito foi preso, na cidade de Pirajá, por uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Ele cumpriu prisão temporária em um presídio capixaba, mas foi solto no dia 29 de abril, quando venceu o prazo da detenção.
