Polícia

Agente é morto na Fundação Casa

Redação Folha Vitória

Sorocaba - Um agente foi morto e dois ficaram feridos, na terça-feira, 4, durante uma rebelião na unidade da Fundação Casa de Marília, no interior de São Paulo. Os internos tomaram outros cinco agentes e três membros de uma congregação evangélica como reféns. Segundo a presidência da Fundação Casa, é a primeira morte de um servidor dentro das unidades socioeducativas em 11 anos.

Os adolescentes aproveitaram a realização de um culto para iniciar o motim. Os agentes foram dominados e agredidos violentamente com cabos de vassoura. Um deles foi golpeado na garganta até morrer. O motim se espalhou por toda a unidade e 18 dos 108 internos aproveitaram para fugir.

A Polícia Militar cercou o prédio e conseguiu dominar a rebelião apenas na madrugada de quarta-feira, 5. O funcionário morto foi identificado como Francisco Calixto, de 51 anos. Ele trabalhava havia 15 anos na Fundação e fazia aniversário no dia em que foi assassinado.

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi brutal: enquanto três internos seguravam Calixto, outros dois enfiaram um cabo de vassoura, quebrado em forma de estaca, em sua garganta. Ele morreu na hora. O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) e passou por perícia. O sepultamento será hoje, em Marília.

Os dois feridos foram atendidos na Santa Casa de Marília e já tiveram alta. Até a tarde, oito internos haviam sido recapturados. A Polícia Militar fazia buscas pelos dez foragidos. Os internos que mataram o agente foram identificados e colocados sob a custódia da Polícia Civil.

Um inquérito policial vai apurar o homicídio e as agressões. As causas da rebelião serão investigadas pela Corregedoria.

Lamento

Em nota assinada pela presidente Berenice Gianella, a Fundação lamentou a morte do agente, "provocada de forma brutal por cinco adolescentes que cumprem medida de internação", e informa que presta todo apoio à família. "Esta é a primeira vez nos últimos 11 anos que aconteceu um ato tão abominável, resultando na morte de um funcionário dentro de um centro socioeducativo. Nesse período, passamos por amplo processo de transformação, com base na descentralização, no estabelecimento de parcerias com a sociedade civil e na constante capacitação dos funcionários", diz a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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