Polícia

Agente da guarda de VV é acusado de balear motoboy durante briga em Vitória

O motivo da confusão seria porque o agente municipal estava no meio da rua discutindo com uma mulher. Isso teria chamado a atenção do motoboy

O crime aconteceu em Santo Antônio Foto: TV Vitória

Uma confusão, no bairro Santo Antônio, em Vitória, terminou com um motoboy de 32 anos baleado. O principal suspeito do crime, que aconteceu na madrugada desta sexta-feira (2), é um guarda municipal de Vila Velha, de 26 anos. A vítima estava de moto e uniformizada quando foi atingida por um tiro no ombro. 

“Eu fiquei desesperada, pois ele não é de bagunça. Ele fica ali um pouquinho, mas trabalha de dia e de noite. De vez em quando ele passa ali, pois mora aqui mesmo”, contou a mãe da vítima. 

Segundo informações extra oficiais, o motivo da confusão seria porque o agente municipal estava no meio da rua discutindo com uma mulher. Isso teria chamado a atenção do motoboy, que seguia para casa dele. O que a Polícia Civil já tem certeza é que um grupo de agentes estava próximo a algumas barraquinhas bebendo cerveja depois de um pagode que acontece em uma casa de festas. 

O motoboy passou e iria entregar uma marmitex para um morador de rua, que fica próximo da residência dele. No meio desse caminho, agente e motoboy se encararam e isso teria iniciado a confusão.

As informações ainda estão desencontradas. Vários agentes e colegas do guarda municipal estiveram na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas nenhum deles aceitou falar com a imprensa. O fato de ter um agente público de segurança envolvido na história revoltou ainda mais a família do motoboy. “Estavam de folga e num lugar desse armado para atirar em uma pessoa. Nem teve luta nem nada. Meu filho nem estava armado”, disse a mãe do motoboy. 

Segundo o sindicato dos guardas municipais, os agentes têm autorização para andarem armados apenas no trajeto entre a residência deles e a base da guarda em Vila Velha, além do horário de trabalho. A polícia civil ainda investiga se a arma usada na confusão é de posse do agente ou da guarda. 

Durante a manhã desta sexta-feira, o servidor municipal esteve na DHPP mas também não quis falar com a imprensa. 

"A guarda lamenta o fato. O agente pode portar o armamento, mas nesse tipo de estabelecimento não. Será aberto um processo administrativo disciplinar e dependendo da ocorrência na DHPP, haverá todo o processo legal", relatou o subsecretário da Guarda Municipal de Vila Velha, Ângelo Fortunato.

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