Bacharel em Direito pede perdão e diz que usou cocaína antes de agredir faxineira na Praia do Canto
Mesmo com algumas pessoas por perto, a vítima continuou sendo agredida. Um homem chegou a pegar um extintor de incêndio para tentar intimidar o jovem
O bacharel em direito Bertrand Aron Franceschi, de 31 anos, acusado de agredir uma faxineira de um prédio na Praia do Canto, em Vitória, foi levado para Centro de Triagem de Viana na manhã desta sexta-feira (30). Ele foi autuado por tentativa de homicídio qualificado por feminicídio, porte e uso de drogas.
Na delegacia, o jovem afirmou que assistiu ao vídeo e que em sã consciência não cometeria a agressão. "Aquilo não é da minha natureza. Eu sou muito de boassa e queria pedir desculpas pra ela, para o porteiro e para a outra moça também. Gente que me conhece já sabe que eu não faria isso", afirma.
Em depoimento à polícia, ele disse que estava em uma festa. Ele teria comprado 15 pinos de cocaína e usado alguns deles antes de agredir a vítima.
Toda a ação foi flagrada pelas câmeras do edifício em que o homem mora. Nas imagens, é possível ver o momento em que ele estaciona o carro e sai caminhado. De repente, ele começa a passar mal e cai no chão da garagem. Ao ver a cena, a faxineira corre para pedir ajuda.
Aparentemente assustado, ele consegue se sentar. A mulher então estende a mão oferecendo ajuda e ele começa a se afastar dela. Logo após, a funcionária se retira do local e vai em direção ao elevador. No mesmo momento, o bacharel em direito vai atrás dela e começa a agressão. Ela foi atingida por vários socos na cabeça e chutes.
Mesmo com algumas pessoas por perto, a funcionária continuou sendo agredida. Um homem chegou a pegar um extintor de incêndio para tentar intimidar o jovem.
Tanto a vítima quanto o agressor foram levados para o Hospital São Lucas, em Vitória. Em seguida, Bertrand foi encaminhado para a Delegacia Regional de Vitória. Com ele a polícia encontrou alguns pinos de cocaína e algumas bebidas dentro do carro. Em depoimento, o jovem admitiu que fez uso do entorpecente, mas para a imprensa, assumiu que apenas que ingeriu bebida alcoólica.
A auxiliar de serviços gerais, que trabalha no edifício há cinco anos, precisou passar a noite no hospital.
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