Polícia

MP cobra solução de prefeituras contra arrombamentos em escolas da GV

A Serra tem registrado, desde o ano passado, inúmeros casos de creches e escolas municipais invadidas. O caso mais recente foi nessa semana, em Porto Canoa

Em Porto Canoa, na Serra, a escola foi arrombada várias vezes Foto: TV Vitória

Os arrombamentos a escolas públicas da grande vitória têm preocupado não só a população como também o Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Há unidade que em apenas seis meses foi arrombada quatro vezes. Em alguns casos os criminosos promovem destruição, em outros eles levam matérias como computadores e até mesmo lâmpadas. Por conta disso, o MPES tem cobrado que as prefeituras apresentem uma solução o quanto antes.

Enquanto mais investimento é esperado para as instituições, elas precisam gastar consertando o pouco que tem e é destruído por criminosos. A Serra tem registrado, desde o ano passado, inúmeros casos de creches e escolas municipais invadidas. A promotora de Justiça do município, Jane Velo, é quem atua frente aos casos.

“O Ministério Público tem acompanhado muito de perto. Nós temos vários procedimentos instaurados em relação aos problemas da violência. A gente precisa fazer uma ação preventiva para que a própria comunidade proteja mais a escola, que reconheça a importância da escola na vida do jovem”, disse a promotora.

Na mesa dela estão os casos de invasão e arrombamento. Ela garante que mantém diálogo constante com o município na tentativa de garantir a ordem nas escolas. “Com a nomeação da Guarda Civil, a defesa social tem acenado com um programa específico dirigido as unidades escolares. A Polícia Militar tem sido muito sensível a esse problema e tem implementado uma rotina de presença no entono das escolas”, afirmou Jane.

O caso mais recente foi nessa semana, em Porto Canoa. Segundo funcionários, nos últimos seis meses a Escola Municipal Iolanda Schneider Rangel da Silva foi arrombada quatro vezes. A unidade fica na principal avenida do bairro.

Diante do grande número de escolas arrombadas, o Ministério Público disse que tem cobrado uma solução da prefeitura. “Eles têm argumentado a falta de recurso para implantar algumas coisas que são necessárias, como alarme em todas as escolas, com monitoramento, a vigilância não só patrimonial, que é a guarda não armada, mas também uma vigilância especializada de agentes armados”, destacou.

Aulas foram suspensas por conta dos crimes Foto: TV Vitória

A Polícia Militar, por nota, pede a ajuda da população para chegar até os criminosos que agem nas unidades de ensino. As denúncias podem ser feitas no 181. A PM reforçou que realiza policiamento em toda Grande Vitória e em caso de suspeita é só acionar o Ciodes através do 190.

A promotora sugere o modelo de segurança adotado pelo estado nas escolas estaduais, que é a patrulha escolar. “Esse programa tem dois aspectos, o preventivo, que é a presença daqueles policiais que foram treinados para uma integração com a comunidade escolar, e também de forma repressiva. Assim que há um crime, essa patrulha escolar comparece a unidade para agir prontamente”.

De acordo com a Polícia Civil capixaba, todos os casos formalizados em delegacia estão sob investigação. A polícia informou também que não passa mais informações para não atrapalhar o serviço de investigação.

Enquanto a população e os profissionais da educação convivem com a violência nas escolas, o Ministério Público garante que tudo tem limite. “Se realmente essas ações não forem adotadas, a gente também estuda as possibilidades de ingressar com as ações cabíveis. A tentativa de resolução tem um limite. Ele acaba quando há uma reiteração de compromissos não cumpridos”, relatou a promotora. 

A equipe da TV Vitória procurou a Prefeitura da Serra, mas até o fechamento da matéria não obteve uma resposta.

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