Polícia

Jovem confessa ter atirado em colombiano na Serra por conta de dívida

O crime aconteceu no dia 24 de outubro do ano passado. O colombiano foi baleado no bairro Civit II, em uma região deserta próximo a lagoa Jacuném

Ele disse que não planejou o crime Foto: TV Vitória

Um jovem, preso nesta quarta-feira (22), confessou ter atirado contra um colombiano, de 34 anos, na Serra. De acordo com Rafael Silva dos Santos, de 21 anos, ele cometeu o crime para proteger o irmão que estaria sendo ameaçado por não pagar dívida de um empréstimo.

O microempresário contou que não planejou o crime, mas que depois de sofrer mais uma ameaça resolveu ir atrás do colombiano. “Ele falou que ia voltar, e eu pensei que ele ia voltar para fazer alguma coisa. No momento lá ele reagiu e foi na hora que efetuou os disparos”, disse o suspeito. 

Para a polícia, a vítima contou outra história. Disse que teria vendido roupas para Rafael e que não havia recebido o dinheiro. “A vítima disse que o crime teria ocorrido pois ele venderia roupas, camisetas, e o autor não queria pagar essa dívida e acabou cometendo esse crime”, afirmou o delegado Ricardo Toledo.

O crime aconteceu no dia 24 de outubro do ano passado. O colombiano foi baleado no bairro Civit II, na Serra, em uma região deserta próximo a lagoa Jacuném. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Jayme Santos Neves, onde ficou internado por alguns meses. No início, as investigações apontavam para uma tentativa de latrocínio, porque a moto e o celular da vítima foram levados. A moto já foi localizada.

“Ficou constatado que na verdade não houve uma tentativa de latrocínio e sim uma tentativa de homicídio, praticada pelo Rafael. Ele acabou confessando e nos levou a uma região de mata onde ele havia jogado a motocicleta e ateado fogo logo após lixar todos os itens de identificação dela”, informou o delegado. 

A polícia encontrou dificuldades durante as investigações. Logo após o crime, o colombiano entrou em coma. Depois que retomou a consciência, ainda precisou ficar entubado. Ele também não falava português. Apesar disso, o pouco que conseguiu passar de informações para a polícia levou os investigadores até Rafael.

Rafael foi autuado por porte ilegal de arma, tentativa de homicídio e adulteração de sinal identificador de veículos, mas o inquérito ainda não foi encerrado. A polícia agora investiga a hipótese do colombiano ter atuado como agiota.

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