Polícia

Família de travesti morta em Vila Velha quer justiça pelo crime

Foram mais de 1800 casos de denúncias de violência contra o público LGBT no ano passado. As denúncias podem ser feitas através da Ouvidoria de Direitos Humanos

A família ainda busca uma explicação para o que aconteceu Foto: TV Vitória

A família de uma travesti, assassinada no bairro Cobilândia, em Vila Velha, ainda espera por justiça. O crime aconteceu no dia 30 de abril deste ano. De acordo com os parentes, Fabricio Silva de Souza, que era conhecida como Layza Mello, de 28 anos, começou a fazer programas e foi morta no local onde trabalhava com tiros no peito, cabeça e em uma das mãos.

“Tirou a vida do meu irmão sem direito de defesa. Me relataram também que foi cliente, mas queremos uma explicação. A gente de fato não sabe o que aconteceu”, disse a irmã da vítima, Fabiola Solva de Souza. 

A mãe, a dona de casa Rita Carvalho da Silva, sofre cada vez que olha o álbum fotografias da filha. “Nem na minha casa eu não fui ainda. Estou dormindo na casa da minha filha, porque toda hora eu fico lembrando dele. Era uma pessoa boa para mim. Não tem nem como eu circular na minha casa. Estou com o coração muito triste. É uma dor grande”, contou.

Layza teria sido morta por um cliente Foto: TV Vitória

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Vila Velha. Imagens de câmeras de videomonitoramento localizadas na rua onde aconteceu o assassinato podem ajudar a elucidar o crime. 

Os dados sobre a violência contra comunidade LGBT são altos. Em 2016, foram mais de 1800 casos registrados em todo Brasil. No Espírito Santo foram 25 denúncias. De acordo com a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, muitos casos não são registrados.

“Isso já revela, apesar desse número ser menor, se comparado a outros módulos, o grau de exposição de violência e a padrões de discriminação que tanto atingem lésbicas, gays, como principalmente a população trans”, explicou a ouvidora nacional Direitos Humanos, Irina Bacci.

Quem quiser fazer alguma denúncia a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos basta discar para o telefone 100. A ligação é gratuita.

Pontos moeda