Polícia

Doença pode ter causado a morte de adolescente espancada em Cariacica

Exames serão realizados para saber se Jessika Nielsen, de 15 anos, morreu por causa da doença ou se foi por conta das agressões. Jean Carlos Nielsen dos Santos foi preso nesta quarta-feira

Jessika Nielsen morreu após ser agredida pelo tio, na noite de terça-feira Foto: Reprodução

Uma doença pode ter provocado a morte da estudante Jessika Nielsen, de 15 anos. Ela morreu na noite da última terça-feira (27), em Cariacica, após ser agredida pelo tio, Jean Carlos Nielsen dos Santos. No entanto, familiares afirmaram, em depoimento, que Jessika tinha um problema de saúde e, por isso, a polícia vai precisar fazer exames para saber se a adolescente morreu por causa da doença que tinha ou se foi por conta das agressões do tio.

Jean Carlos foi preso na manhã desta quarta-feira (28) e autuado, em flagrante, por agressão, injúria e ameaça, na forma da Lei Maria da Penha. A autuação não inclui o crime de homicídio, justamente por causa da dúvida em relação à causa da morte. A polícia não informou que doença a jovem tinha, nem quanto tempo vai demorar para ter a resposta dos exames.

A adolescente, que havia completado 15 anos no último dia 5, morava no bairro Maracanã, em Cariacica, com os avós e o tio. De acordo com a apuração da polícia, Jean Carlos chegou em casa bêbado, na terça-feira à noite, xingou e bateu em Jessika. Ela foi socorrida por vizinhos, mas teve uma parada cardíaca e traumatismo craniano e não resistiu.

Na escola onde a jovem estudava há três anos, no bairro São Geraldo, alguns amigos da estudante não conseguiram assistir às aulas, na manhã desta quarta-feira, e foram dispensados. Um poema anônimo foi colado na parede da escola, como forma de homenagem à adolescente, que cursava o 8º ano, no período da manhã. E, pelas redes sociais, muitos amigos manifestaram tristeza pela morte da estudante.

Já a família preferiu o silêncio. Parentes estiveram no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, nesta quarta-feira, fazendo a liberação do corpo e não quiseram falar com a imprensa. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.

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