Polícia

Acusado de matar universitária em lavanderia foi cobrar dívida de dono do local

Leandro Mateus Marins Silva foi preso nesta sexta-feira. Segundo a polícia, ele foi ao local cobrar uma dívida do proprietário, mas vítima teria se recusado a passar o contato dele

Segundo o delegado Janderson Lube, o suspeito foi ao local cobrar o dinheiro da rescisão da companheira, ex-funcionária do estabelecimento Foto: TV Vitória

A universitária Luiza Mariano da Silva, de 23 anos, foi assassinada após uma discussão com o companheiro de uma ex-funcionária da lavanderia onde a vítima trabalhava, em Itapoã, Vila Velha. Leandro Mateus Marins Silva, de 28 anos, que foi preso nesta sexta-feira (07), acusado de ser o autor do homicídio, teria ido ao estabelecimento cobrar uma dívida referente à rescisão de contrato de sua companheira.

De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM), delegado Janderson Lube, o acusado pediu a Luiza que passasse o número do celular do proprietário da lavanderia. No entanto, a jovem se recusou a fornecer o número, o que teria irritado Leandro. Ele chegou a sair do estabelecimento e voltou horas depois, mas Luiza continuou se recusando a passar a informação que ele queria.

"Diante do desentendimento com a funcionária, ele, não adquirindo o valor que queria, reclamou com a vítima da forma como ele estava sendo tratado, por não ser informado sobre o telefone do proprietário", disse o delegado.

Após a discussão, o suspeito teria pedido à jovem que ela pegasse uma sombrinha e o chinelo da companheira, que haviam ficado na lavanderia. O crime teria sido cometido no momento em que Luiza foi ao banheiro pegar o material. 

"Ele, se aproveitando que a vítima fora ao banheiro, praticou o crime, a engravatando pelas costas. A vítima ainda tentou se defender com um objeto perfurante, mas foi rendida. Em seguida, ele pega o fio do ventilador, enforca a vítima e ainda desfere socos e três golpes no pescoço dela", detalhou Lube.

Ainda segundo o delegado, Leandro confessou o crime, mas alegou que o motivo de ter ido à lavanderia foi outro. Na versão do acusado, ele havia ido ao local para negociar o preço da lavagem de uniformes da clínica veterinária onde ele trabalha. A polícia, no entanto, descartou essa possibilidade.

"Nós fizemos uma diligência junto à proprietária do estabelecimento onde ele trabalhava e refutamos essa alegação de que ele teria ido lá a mando de sua chefe, para baixar o preço de eventuais uniformes que eram lavados na lavanderia", frisou o titular da DHPM.

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