Desafios de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que toma posse hoje em Brasília, terá dois desafios de curto prazo. Na economia, com vertente e filosofia de direita, terá que impor uma agenda de rigidez com corte de gastos excessivos e controle da inflação. No Congresso Nacional, o presidente que foi deputado federal por 28 anos, terá que consolidar uma base aliada densa e fiel para aprovar projetos do seu Governo, entre eles a Reforma da Previdência. A projeção é do presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), Carlos Manhanelli.

Inflação

À Coluna, Manhanelli diz que se Bolsonaro conseguir enxugar os gastos públicos, “vai sobrar dinheiro para investir em saúde, educação e conter a inflação”.

Bancadas

Sobre o Congresso Nacional, o consultor assinala que Bolsonaro “conhece os meandros do parlamento e já começa com aliados fortes: bancada da bala, ruralistas, evangélicos e o PSL que elegeu a segunda maior bancada da Câmara”.

Alvorada

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) avalia a possibilidade de encerrar as visitações que ocorrem às quartas-feiras no Palácio da Alvorada, onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a família vão morar. A medida está em discussão por conta do atentado sofrido por Bolsonaro e ameaças ao presidente.

Posse

O GSI cessou o envio mensagens sobre restrições de segurança na Esplanada dos Ministérios durante a posse de Bolsonaro. Coluna registrou que, nas últimas semanas, usuários chegaram a receber até cinco mensagens por dia.

Temer

Presidente Michel Temer encerra o mandato com baixa popularidade e um número recorde de edição de Medidas Provisórias. Levantamento feito pela Coluna no sistema da Subchefia para Assuntos Jurídicos, vinculada à Casa Civil da Presidência, mostra que o emedebista enviou ao Congresso Nacional 149 MPs desde que chegou ao comando do Planalto em 2016.

Antecessores

As medidas provisórias entram em vigor imediatamente e têm tramitação mais rápida que a dos projetos de lei. Proporcionalmente, a edição de MPs sob a gestão Temer foi maior que nos governos FHC, Lula e Dilma Rousseff. A petista, por exemplo, enviou 204 medidas ao Congresso em pouco mais de 5 anos de Governo.

Interferência

O excesso de MPs enviadas pelo Planalto irritou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Maia chegou a acusar o Planalto de “interferência permanente” no Poder Legislativo.

Denúncias

O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou em 2018 mais de 103 mil novas denúncias de todos os tipos e em diversas áreas nas 24 unidades regionais espalhadas pelo País.

Conflitos

O procurador-geral do MPT, Ronaldo Fleury, afirma que, para 2019, a meta é “aperfeiçoar as estratégias, com foco na transformação social e na resolutividade de conflitos trabalhistas”.

(R)exista

Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que foi candidata a vice na chapa presidencial liderada por Fernando Hadadd (PT-SP), quer criar, em 2019, um instituto, chamado (R)exista, para fazer “resistência e combate à onda conservadora que toma conta do país”.

Doações

 A deputada estadual também pede doações de militantes e apoiadores para a produção, a partir de fevereiro, de conteúdos de “combate às notícias falsas” nas redes sociais. Arrecadou, em 4 dias, R$ 20 mil.

Assistência

Futuro secretário nacional da Assistência Social, órgão que será vinculado ao Ministério da Cidadania, o deputado Floriano Pesaro (PSDB-SP) afirma que um dos principais desafios da pasta “é qualificar melhor os serviços que são prestados na proteção básica, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras)”.   

Bolsa Escola

No governo Fernando Henrique, Pesaro foi diretor de Projetos da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (quando criou o FIES) e secretário do Programa Nacional da Bolsa Escola.

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ESPLANADEIRA

Desejamos à família de leitores da Coluna Esplanada em todo o País um 2019 repleto de saúde, prosperidade e conquistas.

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