Política

Ministério Público da Itália defende extradição de Pizzolato para o Brasil

Bolonha e Brasília - O Ministério Público da Itália se manifestou pela extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. O parecer da promotoria italiana pegou as autoridades brasileiras de surpresa.

O caso será agora avaliado pelos juízes do Tribunal de Bolonha em uma audiência que deve ocorrer na segunda metade de maio. Para fontes diplomáticas e pessoas próximas ao processo, a posição do Ministério Público da Itália é um passo considerado como "importante" dado o histórico da Justiça do país europeu de rejeição a pedidos de extradição do gênero.

Pizzolato foi condenado em 2012 pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Mas fugiu para a Itália antes da execução da pena, com passaporte falso de um irmão morto há 35 anos.

Em fevereiro deste ano, foi descoberto na casa de um sobrinho na cidade de Maranello, norte da Itália, e levado para a prisão de Módena.

Acadêmicos do Brasil e da Itália vinham considerando a possibilidade de extradição baixa, já que Pizzolato também é cidadão italiano e, por tradição, Roma não deporta seus nacionais. Ainda assim, o governo brasileiro encaminhou o pedido.

Pontos moeda