Política

Transparência Capixaba diz que proibição de doações para campanha chega com atraso

O Senado aprovou uma lei que proíbe fo inanciamento de empresas nas campanhas eleitorais na quarta-feira (16). Para o secretário geral da ONG Transparência Capixaba, Edson Camatta, entretanto, isso é um atraso histórico.

“É uma demanda de muito tempo que a sociedade traz para que esse poder econômico das empresas não se transforme num poder político”, disse Camatta. Ele frisa que quem vota é o cidadão, e as empresas não podem sequer fazer parte do processo eleitoral.

Para Camatta, essa permissão que as empresas têm de doarem dinheiro para campanhas políticas acabou virando uma forma de decidir as eleições. “As empresas hoje decidem quem vai ganhar e quem vai perder”, disse.

Ele entende que muita gente se impressiona com o alto investimento nas campanhas e acaba votando no candidato por ter um marketing melhor. “Investimento em marketing e propaganda é permitido, é possível, mas o que a gente vê muitas vezes é pegar um candidato que não venceria e transformar num herói da propaganda”, observa.

De acordo com Camatta, a campanha tem que ser ganha por ideais e propostas, não por quem tem dinheiro e investe em marketing e viagens de helicóptero para o interior do Estado.

A lei aprovada na quarta pela Comissão de Justiça só irá para Plenário se houver recurso. Saindo do Senado, ela ainda passará pela Câmara Federal antes de começar a valer, se for aprovada. 

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