Política

Hartung e Casagrande trocam acusações sobre denúncia de fraude em posto fiscal

A troca de acusações seguiram com perguntas entre os dois candidatos sobre economia. Hartung questionou sobre fato de o Estado ter apresentado recuo em seu crescimento

Os quatro principais candidatos participaram de um debate promovido pela TV VItória. Hartung e Casagrande trocaram farpas durante o programa. Foto: Leonardo Gurgel

A TV Vitória realizou, na noite desta sexta-feira, um debate de duas horas com os candidatos ao Governo do Espírito Santo. Participaram os concorrentes Camila Valadão (PSOL), Paulo Hartung (PMDB), Renato Casagrande (PSB) e Roberto Carlos. O encontro foi transmitido também ao vivo pelo jornal online Folha Vitória. O programa foi marcado pela troca de acusações entre Hartung e Casagrande motivadas pela denúncia de uma suposta fraude na obra do posto fiscal de Mimoso do Sul durante mandato do peemedebista. 

Durante o debate houve troca de acusações entre Hartung e Casagrande. O estopim foi a pergunta do socialista ao adversário sobre a suposta construção irregular do posto, onde foram investidos R$ 25 milhões em uma obra inacabada.

"Esse é um processo que foi para a Justiça, já tem uma sentença que mostrou que nada foi feito de errado”, disse Hartung. Na réplica, Casagrande provocou ainda insinuando que houve relação entre a empresa responsável pela obra e o escritório de consultoria de Hartung quando ele deixou o governo.

“O candidato está virando especialista em manipulação da pior qualidade. É uma acusação descabida e leviana que mostra muito bem o desespero e desequilíbrio do candidato”.

A troca de acusações seguiu com perguntas entre os dois candidatos sobre economia. Hartung questionou sobre fato de o Estado ter apresentado recuo em seu crescimento.

“O candidato não está falando a verdade. Essa crise é mundial. Mesmo assim o desemprego é muito menor que no Governo que ele (Hartung) governou durante oito anos. Estamos mantendo nosso Estado equilibrado e com diálogo no setor produtivo para fazer o colchão de proteção econômico-social", rebateu Hartung dizendo que o número de abertura de empresas é menor que o fechamento, houve queda na renda familiar e mais de 100 mil capixabas voltaram para a pobreza.

Hartung aproveitou ainda para se defender sobre as denúncias de que a ex-primeira-dama Cristina Gomes, teria viajado com dinheiro público. "O candidato manipulou informações sobre minha família. Na lista divulgada uma viagem de ida e volta consta como duas viagens. O candidato fala em defesa da família, mas não respeita a família. O candidato sabe o trabalho que minha esposa fez, até porque uma das reuniões foi marcada pelo candidato em Brasília".

Apresentadores

Os apresentadores Gabriel Serafim, Douglas Camargo, Eduardo Santos e Fernando Fully também fizeram perguntas aos candidatos sobre segurança, mobilidade urbana, saúde e infraestrutura.

Sobre a saúde, Casagrande disse que está concluindo obras importantes como os hospitais Jaime Santos Neves e São Lucas. Pontuou ainda que já foi iniciado o processo de licitação para a construção do Hospital Geral de Cariacica. “Queremos dar continuidade nos próximos quatro anos”.

Já em relação à segurança, Hartung pontuou a reestruturação da pasta apesar do alto índice de criminalidade durante sua gestão. Segundo ele, os investimentos feitos começaram a dar resultados em 2010, mas a “propaganda oficial fica batendo em 2009”. Segundo o candidato, todas as boas ações da atual gestão serão mantidas. “Tudo que tiver dando resultados vamos tocar para frente e aprimorar”.

A candidata Camila Valadão falou sobre a proposta de tarifa zero para o transporte público. Para ela, o benefício é uma questão de política, já que isso garante ao cidadão acessos à saúde e educação. “Hoje não é possível porque o Estado está a serviço do lucro”, disparou.

Encerrando o bloco de perguntas, o candidato Roberto Carlos falou sobre a mobilidade urbana e defendeu a construção do metrô de superfície. Ele afirmou que o plano do BRT não é viável para Vitória e defendeu a integração entre o metrô e o corredor exclusivo para ônibus. “O modelo do BRT não é viável porque vai estrangular as vias de Vitória". 

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