Política

Autarquias de SP cumprem só 40% das metas

Redação Folha Vitória

São Paulo - Empresas, autarquias e fundações municipais cumpriram apenas quatro de cada dez metas estabelecidas com a Prefeitura de São Paulo para o biênio 2013-2014. Informações sobre a administração indireta publicadas ontem na internet mostram que, dos 102 indicadores de desempenho assumidos no ano passado, 41 foram alcançados.

Pela primeira vez, os relatórios de Compromisso de Desempenho Institucional (CDI) foram divulgados, desde sua criação, em maio do ano passado, por meio de decreto do prefeito Fernando Haddad (PT). O CDI é uma espécie de "contrato" firmado com a Prefeitura e impõe metas aos órgãos.

Os dados referem-se a indicadores de desempenho das cinco autarquias - como o Serviço Funerário Municipal -, das dez empresas - como a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) - e das Fundações Theatro Municipal e Paulistana de Tecnologia (Fundatec).

Um dos casos mais graves descritos nos relatórios de acompanhamento atinge a Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). Os autores dos relatórios só puderam verificar o cumprimento de duas das 11 metas e não houve apresentação das contas. "A companhia não acompanha efetivamente o desempenho e a evolução das ações a que se comprometeu", diz o texto. A Cohab só investiu 40% do previsto.

Na área da saúde, há metas cumpridas que não refletem melhoria imediata para a população. Responsável pela gestão dos hospitais da Prefeitura, a Autarquia Hospitalar Municipal bateu a meta de abrir 250 leitos, mas o relatório aponta que o balanço "já está conta os leitos do Hospital Santa Marina, que ainda não está com a construção concluída".

As informações foram divulgadas no site transparencia.prefeitura.sp.gov.br. "A Controladoria-Geral do Município tem mais destaque em operações, como as que resultaram na prisão de alguns servidores. No entanto, as ações de transparência são as principais medidas a serem adotadas", disse o controlador-geral Mário Spinelli.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que "defende a transparência como instrumento para aprimorar a gestão das empresas e autarquias". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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