Política

Manifestação no Espírito Santo para lembrar vítimas da ditadura militar no Estado

No Espírito Santo, várias entidades estão engajadas em promover várias ações que lembrem o período da ditadura militar que teve início no dia 31 de março de 1964

Perly Cipriano passou 10 anos preso durante o período da ditadura militar no Brasil Foto: Agência Brasil

Diferente do que acontecerá em várias partes do País, com manifestações que lembrarão o período da ditadura militar, no Espírito Santo as ações serão pulverizadas. O Estado ainda possui seis desaparecidos políticos e neste 31 de março a ideia é lembrar do período nebuloso em que a democracia brasileira ficou presa em masmorras, juntamente com seus defensores.

Este é o caso de Arildo Valadão, de Muniz Freire; João Gualberto Calatrone, de Nova Venécia; Orlando Bonfim, de Santa Teresa, Lincoln Bicalho Roque, de São José do Calçado, Marcos José de Lima, de Nova Venécia, e José Maurílio Patrício, de Santa Teresa.

A ideia da manifestação “Democracia Sempre Mais. Ditadura Nunca Mais” é mostrar para toda a sociedade todos os malefícios provocados por um regime ditatorial que impede os cidadãos de se manifestar livremente.

Para Perly Cipriano, que sentiu na pele os horrores do período de ditadura, é necessário que se lembre das pessoas que morreram ou desapareceram na defesa das liberdades e da democracia.

“Aqui no Estado haverá um conjunto de ações. A comissão da verdade da Ufes está exibindo filmes que remontam aquele período. A Assembleia Legislativa, através da Comissão de Defea da Cidadania também irá promover debate. Teremos manifestação em defesa da democratização da mídia. Serão várias ações para lembrar esse período da nossa história”, explicou Perly.

Segundo ele, entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), irão promover atividades programadas.

“Depois de 21 anos de ditadura, a sociedade se torna mais autoritária. A Ufes produziu um material importantíssimo sobre esse período da história”, concluiu Perly.

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