Política

Câmara pode votar cassação do prefeito de Itapemirim

“Era, no mínimo, estranho. Quando acessávamos o Portal da Transparência da prefeitura, estavam postados alguns contratos e licitações, mas outros não eram postados", exemplificou Patinho

Operação Olísipo afastou prefeito de Itapemirim, Luciano de Paiva, por tempo indeterminado Foto: Divulgação

O vereador Leonardo Fraga, o Patinho (PHS), necessita de, pelo menos, 17 atas de registro das sessões da Câmara Municipal de Itapemirim para pedir a cassação do prefeito do município, Luciano de Paiva (PSB), afastado do cargo desde o dia 31 de março deste ano, depois que foi deflagrada a Operação Olísipo, realizada pelo Ministério Público do Espírito Santo e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo Patinho, são necessárias as atas com os diversos requerimentos de informação ao Executivo sobre alguns assuntos em que foram levantadas suspeitas.

“Era, no mínimo, estranho. Quando acessávamos o Portal da Transparência da prefeitura, estavam postados alguns contratos e licitações, mas outros não eram postados. Passamos a pedir informações, mas nunca foram dadas respostas”, contou o vereador.

As dúvidas do vereador giravam em torno de diversos contratos. “Tivemos dúvidas sobre desapropriações, eventos de verão de 2013, festejos do município dos anos de 2013 e 2014 e também iluminação natalina”, detalhou o parlamentar.

Leonardo Fraga explicou que assim que obtiver todos os documentos necessários ele irá protocolar o pedido de cassação do prefeito. “Depois de protocolado o pedido, o prefeito terá entre 10 e 15 dias para apresentar o contraditório com sua defesa”, explicou Patinho.

O prefeito afastado, Luciano de Paiva, foi procurado através do celular, mas não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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