Política

Delcídio diz ter preocupação em não deixar caducar medida provisória

Redação Folha Vitória

Brasília - Numa semana de pauta difícil tanto na Câmara quanto no Senado, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que é preciso ter serenidade e garantir quórum para votar as medidas importantes para o Executivo. Só no Senado, os parlamentares devem apreciar as Medidas Provisórias, 663, 665 e a indicação de Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Na Câmara, os deputados vão discutir a MP 68 e o projeto de lei que muda a política de desoneração da folha de pagamento para as empresas.

"Temos uma preocupação em não deixar caducar as medidas provisórias", afirmou Delcídio após reunião com líderes partidários do Senado e o articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). As medidas do ajuste fiscal têm que ser aprovadas até o início de junho para não perder a validade. O petista revelou que não deve haver mudanças na proposta aprovada na Câmara para a MP 665, que altera direitos trabalhistas.

Sobre a indicação de Fachin, Delcídio mostrou preocupação em garantir um quórum alto para aumentar as chances de aprovação do indicado da presidente Dilma Rousseff. Fachin precisa de pelo menos 41 votos para assegurar sua vaga na Corte Suprema. "Não pode brincar, o cenário exige muito cuidado, muita atenção", comentou o líder do governo.

Delcídio não quis revelar qual a expectativa do governo de votos favoráveis a Fachin. "É na hora do voto que a gente vai saber", complementou.

A MP 664, que altera benefícios previdenciários, só será discutida no Senado na próxima semana, mas Delcídio ressaltou que não houve um posicionamento do governo sobre o veto à alternativa ao fator previdenciária aprovada na Câmara na semana passada.

Sobre o contingenciamento do orçamento deste ano, que será anunciado na quinta-feira, 22, o líder no Senado disse que se trata de um valor alto. "É duro, claro, sem dúvida nenhuma um corte de R$ 70, R$ 80 bilhões é um corte muito forte, inegavelmente", afirmou.

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