Política

Deputados do DEM protocolam requerimento para convocar Lula na CPI da Petrobras

Os parlamentares alegam que tanto o ex-presidente como sua sucessora Dilma Rousseff tiveram condições "de adotar medidas concretas no sentido de estancar a série de desvios

Redação Folha Vitória
Efraim Filho (DEM-PB) foi um dos deputados a pedir convocação do ex-presidente Lula Foto: Agência Câmara

Brasília - Os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Efraim Filho (DEM-PB) apresentaram na tarde desta terça-feira, 05, requerimento para convocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados. Os deputados alegam que tanto o ex-presidente como sua sucessora Dilma Rousseff tiveram condições "de adotar medidas concretas no sentido de estancar a série de desvios de vultosas quantias que estavam ocorrendo no seio da Petrobras".

Durante sua participação na sessão da CPI da Petrobras desta tarde, Onyx disse que agora Lula era um "cidadão comum" e que poderia responder por seus atos quando presidente. Após protocolado, o requerimento precisa ser pautado e aprovado pelos membros da comissão. A próxima reunião deliberativa será nesta quinta-feira, 07.

Depoimento

Já dura três horas e meia o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa à comissão. Ele negou que, em seu depoimento, estivesse poupando alguém. "Não estou protegendo ninguém. Não existe proteção", respondeu.

O ex-diretor afirmou aos deputados que nunca falou sobre desvios com nenhum subordinado, nem mesmo com a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca. "Não falei com ninguém abaixo de mim", declarou.

Ele também negou que tenha enterrado dinheiro em sua piscina e disse que o episódio era "folclore". Segundo ele, a piscina foi aterrada em 2009 por problemas constantes de vazamento e que ele não queria mais pagar altos valores na conta d'água.

"Folclore? Pelo dinheiro que estava correndo, o senhor com dificuldade em pagar conta d'água?", ironizou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Costa se irritou com a colocação do parlamentar e pediu respeito. "Eu mereço ser respeitado. Estou pagando pelos meus erros", afirmou o ex-diretor.

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