Espírito Santo perde quase R$ 200 milhões em emendas parlamentares com cortes do Governo
Diante desse quadro de recessão, a senadora Rose de Freitas quer saber qual o rumo que o governo pretende dar ao país com tantos cortes, principalmente na área social
O corte anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta sexta-feira (22) deixará o Espírito Santo com pelo menos R$ 195 milhões em emendas parlamentares. Na próxima semana, a senadora Rose de Freitas (PMDB), que preside a Comissão Mista de Orçamento, ouvirá o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Cada parlamentar capixaba tinha direito a um total de R$ 15 milhões de emendas impositivas, que poderiam ser destinadas à agricultura, infraestrutura de estradas, logística, início e conclusão de obras importantes como hospitais, por exemplo.
Diante desse quadro de recessão, a senadora Rose de Freitas quer saber qual o rumo que o governo pretende dar ao país com tantos cortes, principalmente na área social.
A saúde sofreu um corte de R$ 11,8 bilhões. A senadora demonstrou preocupação com esse anúncio.
"O governo pode até promover o ajuste necessário para respirar mais adiante. Mas não pode sacrificar a população no que diz respeito à saúde. Eu jamais cortaria a saúde. Estamos carentes em equipamentos, hospitais estão ameaçados de fechar suas portas e por aí vai..."
A senadora também criticou o corte que o governo federal fez na área da educação. "Nós estamos atrasados na questão educacional. Eu sei que tivemos avanços, principalmente no ensino técnico. Mas ainda engatinhamos no Pronatec, por exemplo. E precisamos de investimento para melhorar a rede de ensino. Temos sempre de defender essa bandeira no Espírito Santo. É complicado trazer grandes empresas para cá, pela competitividade acirrada com os outros estados do Sudeste. Mas podemos ser um grande celeiro de mão de obra".
O contingenciamento anunciado pelo governo federal vai diminuir a verba destinada aos parlamentares e a senadora teceu um comentário. "Isso também era previsto. Emendas de bancada, de comissões. É a mesma coisa de fazer corte em infraestrutura. Todas elas são correspondentes a áreas de saneamento, de plano rodoviário, entre outras".
Rose de Freitas destacou que, por enquanto, não foi decretado fim das novelas da BR-262 e do Aeroporto de Vitória. "Os cortes ainda não estão detalhados Mas, até o momento, nenhuma obra do Espírito Santo foi dizimada por esse corte. Até o momento, tudo continua como o planejado".
